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Da redação
Professores da rede estadual do Rio de Janeiro completaram dois
meses de greve no último domingo (07). A categoria volta a se reunir nesta
terça-feira (09) para discutir os rumos do movimento, depois da apreciação da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sobre projeto do governo
Sérgio Cabral (PMBD) enviado a Casa.
meses de greve no último domingo (07). A categoria volta a se reunir nesta
terça-feira (09) para discutir os rumos do movimento, depois da apreciação da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sobre projeto do governo
Sérgio Cabral (PMBD) enviado a Casa.
Segundo o
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), a assembleia
dos docentes ocorre a partir das 14h, na escadaria da Alerj. O projeto de
Cabral prevê que reajuste salarial de 3,5% aos professores, descongelamento do
plano de carreira dos funcionários administrativos, além da incorporação da
gratificação Nova Escola – com a incorporação de todas as parcelas para os
funcionários e o adiantamento da parcela de 2012 para os professores.
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), a assembleia
dos docentes ocorre a partir das 14h, na escadaria da Alerj. O projeto de
Cabral prevê que reajuste salarial de 3,5% aos professores, descongelamento do
plano de carreira dos funcionários administrativos, além da incorporação da
gratificação Nova Escola – com a incorporação de todas as parcelas para os
funcionários e o adiantamento da parcela de 2012 para os professores.
Caso as propostas sejam aprovadas, os professores que ganham os
salários de menor piso (R$ 680 para 16 horas) devem receber aumento de apenas
R$ 23,00. Se o movimento conquistar a reivindicação da categoria, de reajuste
de 26%, os salários com menor piso aumentarão R$ 180.
salários de menor piso (R$ 680 para 16 horas) devem receber aumento de apenas
R$ 23,00. Se o movimento conquistar a reivindicação da categoria, de reajuste
de 26%, os salários com menor piso aumentarão R$ 180.
“Mesmo com o acréscimo de R$ 180 o salário vai continuar
defasado. Nós estamos há três anos sem reajuste salarial, com histórico de mais
de 15 anos com salários congelados. Tivemos reajustes apenas nos dois primeiros
anos no mandado passado do governo do Cabral”, destaca Ivonete Conceição da
Silva, diretora do Sepe-Central no interior.
defasado. Nós estamos há três anos sem reajuste salarial, com histórico de mais
de 15 anos com salários congelados. Tivemos reajustes apenas nos dois primeiros
anos no mandado passado do governo do Cabral”, destaca Ivonete Conceição da
Silva, diretora do Sepe-Central no interior.
“O restante dos anos só tivemos a política de gratificação, com
valores diferenciados dependendo da escola. Mesmo assim, todos os profissionais
que entraram na rede depois de 2007 não recebem a gratificação”, acrescenta.
valores diferenciados dependendo da escola. Mesmo assim, todos os profissionais
que entraram na rede depois de 2007 não recebem a gratificação”, acrescenta.
No caso dos funcionários administrativos, que há mais de 20 anos
estão sem concurso público, a proposta do governo deve significar renovação no
quadro de funcionários e aumento no salário líquido para aproximadamente R$
560. Hoje é de R$ 433.
estão sem concurso público, a proposta do governo deve significar renovação no
quadro de funcionários e aumento no salário líquido para aproximadamente R$
560. Hoje é de R$ 433.
Na última sexta-feira (05), o governador se irritou com uma
manifestação dos professores em Nilópolis (RJ), durante a inauguração de uma
Unidade de Pronto Atendimento (UPA), chamando-os de vagabundos.
manifestação dos professores em Nilópolis (RJ), durante a inauguração de uma
Unidade de Pronto Atendimento (UPA), chamando-os de vagabundos.
“O movimento de 2011 tem sido muito forte, a categoria tem
respondido às mobilizações, às atividades de ruas,
ao acampamento na Rua da Ajuda. Por conta disso acreditamos que essas medidas
apresentadas pelo governo, mesmo que limitadas, só surgiram por conta da
mobilização. Até então não tínhamos nada”, afirma Ivonete, que acredita que a
greve não termine amanhã.
respondido às mobilizações, às atividades de ruas,
ao acampamento na Rua da Ajuda. Por conta disso acreditamos que essas medidas
apresentadas pelo governo, mesmo que limitadas, só surgiram por conta da
mobilização. Até então não tínhamos nada”, afirma Ivonete, que acredita que a
greve não termine amanhã.
Segundo ela, o Sindicato foi informado de que alguns
parlamentares devem propor emendas ao projeto do governo, como os deputados
Marcelo Freixo e Janira Rocha, ambos do Psol. Eles devem apresentar a proposta
dos professores de reajuste emergencial de 26%. Já o presidente da Alerj,
deputado Paulo Melo (PMDB), pode apresentar proposta de 6,5%.
parlamentares devem propor emendas ao projeto do governo, como os deputados
Marcelo Freixo e Janira Rocha, ambos do Psol. Eles devem apresentar a proposta
dos professores de reajuste emergencial de 26%. Já o presidente da Alerj,
deputado Paulo Melo (PMDB), pode apresentar proposta de 6,5%.
Governo adota práticas anti-greve
Segundo o governo, a partir de 1º de agosto, os professores que
permanecerem em greve terão os pontos cortados. “Quem está fazendo greve já
está sabendo que tem corte de ponto. Tem uma certa influência, mas a categoria
está com pique e o Sindicato já entrou com o recurso no Tribunal de Justiça Estadual”.
permanecerem em greve terão os pontos cortados. “Quem está fazendo greve já
está sabendo que tem corte de ponto. Tem uma certa influência, mas a categoria
está com pique e o Sindicato já entrou com o recurso no Tribunal de Justiça Estadual”.
Segundo Ivonete, nos meses de junho e julho não houve corte de
ponto, mas até o momento está acordado que as aulas terão que ser repostas até
dezembro. Esta é a segunda semana de retorno às aulas.
ponto, mas até o momento está acordado que as aulas terão que ser repostas até
dezembro. Esta é a segunda semana de retorno às aulas.
Outra prática que desrespeita o direito à greve é a ameaça de
escolas de contratar professores temporários em substituição aos grevistas.
Segundo o Sepe, o subsecretário estadual de Educação, Antonio Neto, negou que o
governo esteja instruindo às escolas para que façam isso.
escolas de contratar professores temporários em substituição aos grevistas.
Segundo o Sepe, o subsecretário estadual de Educação, Antonio Neto, negou que o
governo esteja instruindo às escolas para que façam isso.
Foto escadaria: Samuel Tosta
Foto acampamento Rua Ajuda: Sepe-RJ
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