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Foto: Weber Sian / A Cidade
As 150 famílias desalojadas em uma reintegração de posse em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, aguardam decisão da Justiça por atendimento habitacional. Desde a última semana, após serem retiradas da área conhecida como Favela da Família, as cerca de mil pessoas estão acampadas em um outro terreno da região. A Defensoria Pública de São Paulo entrou com ação civil pública solicitando à Prefeitura que adote providências quanto aos desabrigados.
Para o defensor público, Aluísio Ruggeri Ré, a Prefeitura continua omissa diante da situação.
“A Defensoria julga que o município de Ribeirão Preto foi sobremodo omisso quanto ao acolhimento dessas famílias. Principalmente diante da iminência da reintegração de posse”.
Ruggeri alega que a carência material das famílias é grave e que agora elas se encontram ao relento.
“No mínimo, eles [a Prefeitura] teriam que ter organizado uma forma de receber essas famílias, que em geral não têm familiares na cidade. São pessoas que vêm do Nordeste [do Brasil] para trabalhar no corte de cana. Não há qualquer suporte social a essas famílias”.
A Defensoria pede que em 24h o município acolha os desalojados em uma escola pública e que forneça infraestrutura básica por um prazo de 30 dias. Após isso, a Prefeitura terá que alugar um local adequado para as famílias ou fornecer auxílio aluguel, até que elas sejam incluídas no programa habitacional da cidade para receberem moradias.
As denúncias de excesso de violência pela polícia e perdas de bens materiais dos moradores serão analisadas pela Defensoria.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.