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A proposta do setor patronal inclui índice de reajuste de 7,5% (o que representa aumento real de 3,1%, descontada a inflação dos 12 meses entre agosto de 2009 e deste ano) para quem ganha até R$ 5.250. Para salários superiores, a proposta prevê um fixo de R$ 393,75 ou reajuste de 4,29% (inflação do período) – o que for maior.
A proposta também melhora a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e valoriza o piso salarial da categoria. Até o início da noite da segunda-feira, o comando ainda negociava questões específicas dos bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa Ecônomica Federal.
Há ainda cláusulas específicas de caráter não econômico, como as que tentam conter o assédio moral nos locais de trabalho e a cobrança abusiva de metas de produtividade para os funcionários, e também as que dizem respeito à segurança dos bancários e clientes nas agências.
As propostas podem levar ao encerramento da greve dos bancários, a mais forte já deflagrada pela categoria em 20 anos, segundo cálculos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT). Assembleias devem ser marcadas para o fim da tarde desta quarta-feria (13) em todo o país, para definir os rumos do movimento.
“Esses avanços na proposta dos bancos são resultado direto da força da greve nacional dos bancários, principalmente nos bancos privados”, avaliou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.