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Pela Intersindical
Nesse ano em meio a pandemia que já matou mais de 100 mil e contaminou 3 milhões de pessoas, entre eles muitos trabalhadores nos Correios como tantos de nossa classe, pois são os trabalhadores as maiores vítimas por conta de sua política genocida, o governo avança em seus ataques à categoria e conta com a convivência do Judiciário.
As cláusulas sociais que estão na Convenção Coletiva da categoria foram conquistadas através de muitas greves dos trabalhadores, e foi a greve de 2019 que impediu que elas fossem eliminadas, mas no mês de julho o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Tófolli deu um despacho suspendendo a validade da Convenção até 2021 e desde então a direção dos Correios, hoje comandada pelo general Floriano Peixoto, um dos tantos militares que fazem parte desse governo da morte, tem arrancado até a comida dos trabalhadores.
Nesse mês os trabalhadores já tiveram corte no tíquete alimentação, redução do adicional de férias, trabalhadores adoecidos por conta das condições de trabalho também estão sendo atacados com a eliminação do tíquete alimentação durante o afastamento e a intenção do governo é exterminar quase 80 cláusulas que estão na Convenção Coletiva de Trabalho, junto a isso os trabalhadores já sofrem desde 2019 o aumento dos valores pagos no compartilhamento do plano de saúde.
Contra esse ataque brutal aos direitos, os trabalhadores nos Correios em todo país devem entrar em greve a partir do dia 18 de agosto. Essa é uma luta em defesa de direitos fundamentais, o direito a colocar comida na mesa para si e os seus, uma luta para garantir também que os Correios se mantenha como empresa pública e garanta os serviços postais básicos para a população trabalhadora.
A luta dos trabalhadores nos Correios faz parte da resistência aos ataques brutais desse governo genocida que atende aos interesses dos capitalistas que se enriquecem na exata medida que nos arrancam os empregos, os salários, os direitos e a vida de tantos de nossa classe. A luta dos trabalhadores nos Correios faz parte da luta do conjunto da nossa classe em defesa da vida.
A Intersindical, junto com os Sindicatos dos Trabalhadores nos Correios que dela fazem parte, está firme na construção da greve e construindo a unidade de ação necessária para que a greve seja em todos os cantos do país. Foi na luta que se garantirmos os direitos é só na luta que podemos impedir que eles acabem.