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Nos últimos anos a diretoria do Sindicato realizou o que tem sido feito há décadas; assembleias de abertura de campanhas salariais, aprovação das pautas de negociação de Convenção Coletiva de Trabalho – CCT, envio delas para o sindicato dos patrões e o retorno esperado, nos últimos anos, tem sido, no mínimo ignoradas. A desculpa, como sempre, é adequar aos interesses das empresas (em explorar o máximo possível) em detrimento ao dos radialistas, que tem mantido as empresas faturando cada vez mais, seja sem pandemia ou com ela. Ou seja, querem que os trabalhadores negociem abrir mão de seus próprios direitos para que uma CCT seja assinada. O que não é possível fazer, dado ao que foi perdido com a reforma trabalhista, realizada no governo Temer, com votos favoráveis de Bolsonaro, quando era deputado e patrocinada pelos patrões de vários setores da sociedade.
Acompanhe os índices de reajustes:
Acompanhe os índices de reajustes:2017-2018: 2,5%2018-2019: 5,07%2019-2020: 2,46%2020-2021- 7,59%2021-2022- 12,47%Acumulado desde maio/2017 a abril de 2022- 33,52%
Um terço dos salários dos radialistas corroídos pela inflação
Nossa pauta de negociação 2022
A pauta aprovada pela categoria, além do percentual de reajuste do período, destaca-se a reposição da inflação do período, junto com o percentual de 5% de aumento real, a permanência do quinquênio, além do reajuste de diversas cláusulas econômicas como ado pagamento do ticket, do auxílio creche, diárias de viagens, etc. Para dar condições de iniciarmos a negociação das mais de 50 cláusulas a pauta deste ano ficou sem o PPR/abono. Isso se deu devido ao entendimento de que, em todos esses anos, foi uma forma dos patrões não darem aumento real, defasando, consideravelmente, o salário da categoria e ainda se beneficiarem das isenções previstas em Lei, que trata da participação de lucros. Ou seja, além de não darem aumento real para os Radialistas, ainda recebiam benefícios do governo. Agora para essa pauta específica (PPR/Abono) a luta vai ser por empresa, sem prejudicar o conjunto da categoria.
A greve de 16 dias na Rede TV é mais um exemplo que só a luta dos Trabalhadores, junto com o Sindicato, pode garantir direitos, salários e melhores condições de trabalho.
Conquistas da greve na Rede TV
– manutenção de todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho de 2016/2018, sendo que as cláusulas econômicas por um ano e as cláusulas sociais por 4 anos (maio/21 a abril/25)
– pagamento do abono/PPR de 50% do salário base com mínimo R$ 918,45 e máximo de R$ 3.490,08
– concessão de 17% de reajuste salarial
– estabilidade de 90 dias e pagamento dos dias da greve
Nenhum direito a menos. Rumo a novas conquistas!
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