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Os bancários receberam na noite desta sexta-feira (14) proposta de 9% de reajuste salarial a partir de 1º de setembro, data-base da categoria. O índice representa um aumento real (acima do inflação dos últimos12 meses) de 1,5% e vale para todas as verbas de natureza salarial. Para o piso nacional da categoria, o percentual proposto chega a 12% (aumento real de 4,3%), estabelecendo um salário inicial de R$ 1.400,00 para uma jornada de 30 horas semanais.
O Comando Nacional dos Bancários obteve ainda um compromisso da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de não descontar os dias de greve. O movimento chegou à adesão de 42 mil funcionários no dia em que se realizava a negociação. Segundo a proposta, os dias serão compensados em horas trabalhadas até 15 de dezembro. A categoria permanece em greve e realiza assembleias em todo o país no final da tarde desta segunda-feira (17) – quando a paralisação completa 21 dias – para avaliar o resultado da negociação.
O documento divulgado no final da noite de sexta menciona ainda as regras para participação nos lucros ou resultados (PLR). A regra básica prevê PLR correspondente a 90% do salário, acrescida de um valor fixo de R$ 1.400. Essa parte fixa, que no ano passado foi de R$ 1.100,80, recebe um incremento de 27,18%. A proposta prevê distribuição de no mínimo 5% lucro líquido, tendo como teto individual valor equivalente a 2,2 salários ou a R$ 17.220,04, o que deve ser alcançado nos maiores bancos, como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, de acordo com estimativas do Comando Nacional dos Bancários.
A orientação do comando é pela aprovação da proposta. Nas negociações específicas, ao lado das respectivas comissões de empresa, os bancários também obtiveram melhoras nas propostas para os trabalhadores do Banco do Brasil e da CEF.