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Por Jorge Américo
Na pauta da atual campanha salarial encaminhada à Petrobras, os petroleiros incluíram o pedido de combate à precarização do trabalho terceirizado. O coordenador da FUP, João Antônio de Morais, relaciona o elevado número de mortes à insegurança nas unidades da estatal e suas subsidiárias.
“Temos cerca de 70 mil trabalhadores próprios para cerca de 300 mil terceirizados. Todos eles em condições de trabalho piores, salários mais baixos, treinamentos piores. Até mesmo os equipamentos de proteção individual são inferiores.”
A avaliação dos dirigentes sindicais é de que a categoria precisa estar preparada para uma grande greve nacional. Isso porque “a Petrobrás e setores do governo federal estão resistentes em atender as principais reivindicações dos trabalhadores”. João Antônio afirma que são recorrentes as práticas antissindicais.
“A empresa entra com medidas judiciais. E quando são marcadas as mobilizações e as greves, ela impede a aproximação dos dirigentes sindicais das portarias das unidades. Impede também que façamos o trabalho de convencimento junto os trabalhadores.”
Até o momento, a Petrobrás só concordou em antecipar a inflação do último ano (7,23%). Os trabalhadores pedem 10% de ganho real, entre outras melhorias. No próximo dia 19 ocorrerá uma mobilização nacional, onde poderá ser decretado estado de greve. Os petroleiros já discutem estratégias de controle e parada da produção em todas as unidades.