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O aumento das pressões sobre a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, levam a especulações sobre eventuais substitutos (Foto: Antonio Cruz. Agência Brasil)
Como tem residência fixa na cidade, Ana de Hollanda não precisaria receber essas diárias. Cruzando dados do Portal da Transparência do governo federal e a agenda oficial da ministra, o repórter Leandro Colon concluiu que os pagamentos indevidos ocorreram em ao menos 16 dias dos 65 remunerados nesta modalidade.
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Em nota, ela admitiu que algumas das diárias se referem a períodos não trabalhados, mas não fez menção sobre a possibilidade de devolver o dinheiro. Ana de Hollanda argumenta que o deslocamento a Brasília seria mais oneroso que o pagamento de diárias e que tem direito a receber essa remuneração, mesmo tendo permanecido em sua residência.
Histórico
A ministra acumula contestações desde o início de sua gestão à frente do Ministério da Cultura, uma pasta importante para movimentos artísticos e que experimentou importantes mudanças ao longo dos oito anos de governo Lula, com Gilberto Gil e Juca Ferreira.
A falta de clareza no debate sobre direito autoral, o pouco conhecimento sobre novas tecnologias e a retirada da licença Creative Commons da página do ministério na internet foram alguns dos pontos de desgaste da ministra.
Na última semana ganhou força a possibilidade de demissão. O Estadão entende que apenas o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, segura Ana de Hollanda no governo e cita a entrevista do ator José de Abreu à Rede Brasil Atual na qual defende que o próximo ministro seja alguém com capacidade de evitar atritos.