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Em 1997 a Vale foi vendida pelo valor de R$ 3,3 bilhões. Desde a sua privatização, a Vale teve lucro livre superior a R$ 126 bilhões, segundo a rede Justiça nos Trilhos.
Para o jurista e professor de Direito da Universidade de São Paulo, Fábio Konder Comparato, a privatização da Vale é um crime contra o patrimônio público.
“A Vale hoje é uma empresa poderosíssima, mas nas mãos de capitais privados. E o capital privado só vê o seu próprio interesse. De qualquer maneira, uma empresa estatal não deve ser uma empresa capitalista. Ou seja, o seu objetivo não é lucrar ao máximo. O seu objetivo é preservar a riqueza nacional e utilizá-la em proveito do país. O que não aconteceu”.
Durante o 2º Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale, ocorrido em Belo Horizonte (MG) no mês de abril, a rede Justiça nos Trilhos apresentou dados sobre os impactos causados pelas ações da empresa.
No ano de 2008, a Vale registrou 2.860 acidentes com seus trabalhadores, sendo nove fatais. No caso dos impactos ambientais, a emissão de poluentes da mineradora em 2009 foi de 412 mil toneladas. Em contrapartida ao seu crescimento, sua ação exploratória – em aproximadamente 30 países em que atua – está provocando conflitos sociais e ambientais.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.