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Por Renata Giraldi
Agência Brasil
O massacre de 16 civis, incluindo crianças, no distrito de Panjwai, no Afeganistão, por um militar norte-americano levou hoje (13) manifestantes às ruas de Jalalabad, a principal cidade do Leste do país. Os manifestantes protestaram contra os Estados Unidos e a presença de tropas norte-americanas na região.
Um dos líderes tribais, Muhammad Hassan, disse que o massacre foi organizado por um grupo de militares com apoio aéreo e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os líderes tribais e moradores de Kandahar pediram providências aos Estados Unidos, à comunidade internacional e às Nações Unidas. Os líderes ameaçam rebelião nacional.
A manifestação é parte das reações causadas pelo crime no país. Parlamentares exigem o julgamento público dos responsáveis pelo massacre e o Talibã prometeu vingança. Durante o protesto, os manifestantes gritaram palavras de ordem, como Morte à América, Morte a Obama, e pediram julgamento público no Afeganistão para o militar norte-americano.
O ataque anteontem (11) em Kandahar fez com que o presidente norte-americano, Barack Obama, pedisse desculpas públicas pelo episódio. O massacre ocorreu duas semanas depois de serem localizados exemplares do Alcorão – livro sagrados dos muçulamos – queimados na base miliar norte-americana de Bagram.
A identidade do militar está sendo mantida sob sigilo. Há informações que se trata de um sargento, casado e que tem filhos. Para líderes tribais de Kandahar, o massacre dos 16 civis foi motivado por vingança.