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Adriano Diogo disse que escolha foi feita para esvaziar comissão (Foto: Alesp)
O autor do projeto que cria a Comissão da Verdade em São Paulo, deputado estadual Adriano Diogo (PT), desaprovou os nomes escolhidos pelo presidente da Assembleia Legislativa paulista, deputado Barros Munhoz (PSDB), para compor o grupo de trabalho que irá apurar atos de violações dos direitos humanos, ocorridas no estado a partir de 1964, durante período de ditadura.
“Eu sei que eles fizeram uma distribuição burocrática, sem levar em conta as aptidões, uma distribuição formal, sem nenhum cuidado. Eu fiquei totalmente decepcionado com esse começo”, lamentou Adriano Diogo. Ele ainda ironizou dizendo que o PSDB deve ter escolhido os nomes, e que a intenção foi a de esvaziar a comissão.
Os parlamentares escolhidos como membros permanentes são Marco Zerbini (PSDB), André Soares (DEM), Ed Thomas (PSB), Ulysses Tassinari (PV) e o próprio Adriano Diogo. Como membros substitutivos, compõe a lista os deputados João Paulo Rillo (PT), Mauro Bragato (PSDB), Estavam Galvão (DEM), Orlando Bolçone (PSB) e Regina Gonçalves (PV).
A insatisfação do autor do projeto poderá resultar ainda em trocas desses nomes. “As pessoas que queriam participar da comissão não puderam compor, foram vetadas. Como eu não esperava que fosse sair essa composição, eu preciso ouvir essas pessoas na semana que vem, vou tentar alguma substituição”, informou o deputado.
Adriano Diogo falou ainda que pretende realizar um trabalho em conjunto com a Comissão Nacional da Verdade, entretanto, os detalhes de como se dará essa tarefa, só poderão ser divulgados após a efetiva implantação das duas frentes. “Precisamos eleger a presidência, a relatoria. Pelo andar da carruagem, a coisa não está indo bem não”, disse.
Como os trabalhos legislativos da próxima semana estarão comprometidos pelo carnaval, na semana seguinte esses nomes deverão ser escolhidos pelos membros da comissão e os trabalhos já devem ter início.