Entidades internacionais pressionam bancos por diálogo com bancários em greve

A greve da categoria completou oito dias, ainda sem propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O número de agências fechadas chegou a 7.723, em todo o país.
Em carta enviada à Fenaban, a UNI – entidade sindical internacional – defende a necessidade de os bancos apresentarem propostas e buscarem a negociação de salários e condições reivindicadas pela categoria. “Esperamos pelo retorno das negociações o mais rapidamente possível e que a solução possa surgir deste diálogo”, afirma o presidente da entidade, Raul Requena.
O documento endossa críticas da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que teve demandas como discussão sobre saúde e condições de trabalho e aumento no pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR) negadas pelos empregadores.
O uso de violência e práticas antissindicais também foram criticadas pela USTC, que pediu respeito aos trabalhadores e à prática do direito da greve, previsto em Constituição. Os sindicatos acusam os bancos de recorrer a forças policiais para impedir o acesso dos sindicalistas aos locais de trabalho.
Reivindicações da categoria

–                     11% de reajuste salarial.
–                     Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
–                     PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
–                    Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
–                    Previdência complementar em todos os bancos.
–                    Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
–                     Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.
–                    Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
–                     Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.

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