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O filho do presidente pede indenização por danos morais e alega que a Veja insinuou, em uma reportagem de 2006, que seu sucesso profissional na empresa GameCorp dependia de seu pai e de lobby com pessoas influentes no cenário político. Na ocasião, a revista ouviu o lobista Alexandre Paes dos Santos, que dizia que o Fábio e Kalil Bittar, seu sócio, usavam seu escritório para lobby. No entanto, em depoimento à Justiça, Santos negou conhecer o filho do presidente Lula.
Segundo a juíza, não seria preciso inventar que Alexandre Paes dos Santos disse ter contato direto com Fábio. Para a magistrada, bastava apenas ressaltar a ligação de Santos com Kalil Bittar, amigo e sócio do filho de Lula. “Qualquer repórter de mediana habilidade seria apto a construir uma versão comprometedora da imagem do autor apenas com base nessa relação. Esse, no entanto, não parece ser o caso, pois seria inconcebível que um veículo de imprensa tão acostumado a reportagens e denúncias de cunho político se arriscasse por tão pouco”.
No entanto, o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Fábio, discorda e diz que a juíza levou quatro anos para julgar um processo do qual já tinha uma posição sobre os envolvidos. “Se para a juíza é inconcebível que a Veja produza reportagem deliberadamente nefasta, isso quer dizer que ela sequer admitiu essa possibilidade”, afirma.
As informações são do Conjur.