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Por Jorge Américo
O crime ocorreu no mês de janeiro, na unidade da Marginal Tietê, na Zona Leste da cidade de São Paulo. Em julho, a família de uma das crianças – identificada como “T” – recebeu uma indenização no valor de R$ 260 mil. Essa reparação foi negada aos outros dois garotos, segundo o advogado que os representa, Alexandre Oliveira Mariano.
“Não existe prova nenhuma no inquérito de que houve furto, já que existe um circuito fechado e nada foi constatado porque eles não têm a gravação. Agora estão fazendo de tudo para a abafar e uma das maneiras que estão utilizando é enrolar, não deixar apurar, fazer confusão no inquérito.”
Acusadas de furto, as crianças foram levadas a uma salinha e obrigadas a tirar as roupas. O advogado de “T”, Dojival Vieira, lembra que o menor foi chamado de “negrinho fedido”. Os outros dois receberam tapas no peito e nos órgãos genitais.
“Foram violados os artigos 230 e 232 do ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]; foi praticado o crime de cárcere privado, pois as crianças foram levadas para uma salinha onde foram humilhadas, agredidas e ameaçadas; foi praticado, ainda, o crime de constrangimento ilegal, além, obviamente, do crime de injúria racial qualificada.”
Maior rede de comércio varejista, no último ano o Pão de Açúcar faturou R$ 36 bilhões. Recentemente, o dono do grupo, Abílio Diniz, tentou conseguir um financiamento de R$ 4 bilhões do BNDES para viabilizar uma fusão com o Carrefour.