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Segundo a publicação semanal, que é produzida pelas organizações Globo, um relatório da Polícia Federal (PF), produzido por determinação do ministro do STF Joaquim Barboza, comprovaria a existência do esquema de propinas com dinheiro público, tendo o publicitário Marcos Valério e figuras centrais do PT à época – como José Dirceu e Delúbio Soares – além do banqueiro Daniel Dantas como pivôs da armação.
A notícia foi repicada em todos os principais veículos de comunciação do país ainda no sábado (2), alardeando que a conclusão da PF enterra as pretensões de Lula, que ao deixar o governo disse que provaria que o mensalão seria uma farsa montada pela oposição para tentar derrubá-lo do poder.
A repercussão da reportagem deve esquentar o notíciário e ser o assunto nacional da semana.
O deputado petista Candido Vaccarezza (SP), líder do governo na Câmara disse à Agência Estado que nem a matéria da Época, nem o relatório da PF, abalam a versão de que o mensalão é criação da oposição.
“Não tem fato novo. O relatório apenas mostra a atuação das empresas de Marcos Valério e fazem um nexo que não tem nexo”, disse. Ainda segundo a Agência Estado, Vacarezza sustentou que houve apenas um erro confesso: o caixa 2. “O que eu posso dizer é que não houve transferência de dinheiro público, muito menos formação de quadrilha”, disse.
André Vargas, secretário de comunicação do PT, disse que o relatório da PF é parte integrante de uma investigação e que ainda tem que passar pelo crivo do Judiciário. “O mensalão é tese da oposição, que a mídia e a Polícia Federal compraram. O Judiciário é que vai dar a última palavra”, argumentou.
Também ao Estado, Vargas descaracterizouas acusações de que o volume de dinheiro envolvido no esquema fosse destinado a pagar parlamentares para que votassem favoravelmente às matérias de interesse do governo no Congresso Nacional.
A agência, porém, não divulgou os argumentos usados por Vargas para desqualificar as acusações sustentadas pela Época, inclusive.
Como esperado, a oposição já demonstrou que vai se agarrar ao assunto como a uma boia lançada ao náufrago.