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Na quarta-feira (20), foi publicada nova sentença do juiz André Gonçalves Fernandes, da 2ª Vara Cível de Sumaré, que reverte a decisão anterior de fechar a fábrica, há sete anos sob comando dos operários.
No dia 1º de julho, o juiz havia decretado a falência da unidade, baseando-se em uma dívida da Flaskô com a empresa Fortymil, de R$ 37 mil. De acordo com o Conselho de Fábrica, os trabalhadores tentavam quitar a dívida, mas o juiz desconsiderava o atual comando e se recusava a receber o dinheiro. O magistrado exigia que o valor fosse pago pela antiga proprietária, Cristiane de Marcello, que está foragida.
Com o risco de fechamento da fábrica e da perda dos empregos, os trabalhadores se mobilizaram para reverter a decisão. No dia 15 de julho, depois de uma audiência com o senador Eduardo Suplicy (PT), o juiz declarou que anularia a falência e aceitaria um acordo com os operários para o pagamento da dívida.
Para o advogado do Conselho de Fábrica da Flaskô, Alexandre Mandl, a decisão do juiz representa uma vitória. Segundo ele, “com união, os trabalhadores conseguem reverter as decisões mais difíceis.”
A Flaskô produz embalagens plásticas industriais e, desde 2003, foi assumida pelos trabalhadores. Além de recuperar a fábrica, que estava a ponto de falir, os operários reorganizaram sua produção, com a fixação de uma jornada de trabalho de 30 horas semanais e sem redução nos salários.
De São Paulo, para Radioagência NP, Patrícia Benvenuti.