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No dia 31 de janeiro, os patrões, mais uma vez recusaram uma proposta de reajuste salarial e convenção coletiva, dessa vez, a proposta foi desenvolvida pelo Tribunal Regional do Trabalho.
Com isso os patrões fizeram o processo da Campanha Salarial se alongar ainda mais, o dissídio segue na justiça, ainda sem data definida para julgamento.
Entenda o caso
As negociações da Campanha Salarial sempre se iniciam no mês de maio. A primeira proposta dos patrões foi de 5% de reajuste, e nada mais. Além de não quererem garantir o valor do abono/plr que já era uma prática habitual. Já por parte dos trabalhadores a proposta era de 9,83%, o que corresponde a inflação do INPC/ IBGE. E para os pisos salariais, a proposta era esse índice mais 1% de aumento real.
Em todo o processo de negociação os patrões se mostraram intransigentes, sempre recusando rever essa porcentagem de reajuste.
Para fortalecer essa luta, no mês de julho os radialistas uniram forças com os jornalistas do estado de SP para juntos fazer ainda mais pressão sobre os patrões. Eles também vinham sofrendo com a mesma postura dos donos das emissoras.
Chegando o mês de outubro de 2016, a Campanha Salarial ainda não havia sido fechada. Foi aí que o Sindicato deu início a realização de protestos em frente as emissoras, entre elas SBT, Band , Globo e REDE TV!.
No mês de novembro, os trabalhadores fizeram uma contraproposta para Reajuste Salarial de 8%, sendo 7% retroativo a maio de 2016 e 1% a partir de janeiro de 2017. Pisos com 9,5% de aumento sendo 8,5% retroativo a maio de 2016 e 1% a partir de janeiro de 2017.
Algumas emissoras decidiram por fazerem uma antecipação do reajuste, levando em consideração a proposta feita por eles, que nesse momento era de 6%. Isso só ocorreu depois de pressão feita pelo Sindicato dos Radialistas.
O Sindicato conseguiu durante as negociações, manter a data base, que significa garantir que todos os direitos, principalmente os de cunho financeiro, fossem considerados a partir de 1 de maio de 2016. Com o risco de não ter mais a data base garantida, a entidade sindical levou a campanha para dissídio, isso é, para uma ação judicial.
Agora, infelizmente, é necessário aguardar a TRT tomar as providências para que chegue ao fim esse processo, como não houve greve não há prazo para o julgamento.