Ação letal da PM paulista cresce e 271 são mortos em 7 meses

Por José Francisco Neto

De janeiro a julho deste ano, inflou o número de mortes cometidas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. Foram 271 assassinatos, 15% a mais do que no mesmo período em 2011. Os dados são do Instituto Sou da Paz e da Ouvidoria da Polícia.

O mês em que a Polícia mais matou foi em maio: 52 mortes. Já o mês de julho registrou 42 assassinatos somente na Capital, três vezes mais que o mesmo mês do ano anterior. Os números são “injustificáveis” segundo o Instituto Sou da Paz, pois “nenhum crime aumentou 300% neste período”.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar confirmou os números, entretanto, ressaltou que em 83% das ocorrências de gravidade os criminosos, rendidos, são detidos ilesos.

Desde 2009, as Polícias (Militar e Civil) respondem por uma a cada cinco mortes que são cometidas na cidade de São Paulo. Ainda de acordo com o Instituto Sou da Paz, na cidade, a cada policial militar morto ou ferido, 4,2 pessoas foram mortas ou feridas pela PM. Fora da capital, essa proporção caiu pela metade.

Somente na última terça-feira (11) nove rapazes foram mortos pela Rota (Ronda Ostensiva Tobias Aguiar) em Várzea Paulista, na grande São Paulo. É o maior número de mortos em uma ação da polícia paulista desde junho de 2006.  Após suposta troca de tiros, nenhum dos 40 policiais envolvidos na operação ficou ferido.

 

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