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Considerando toda a amostra, que também embarca pessoas inativas (que apenas realizaram atividade não remunerada no próprio domicílio ou não trabalharam nem procuraram emprego na semana em que foram pesquisadas), o porcentual de desempregados é de 7%.
A metodologia do Ipea considerou desempregadas aquelas pessoas que não exerciam atividade remunerada e não procuraram trabalho na semana de referência da pesquisa.
Realizado ao longo do segundo semestre do ano passado, responderam ao levantamento do Ipea 2,773 mil pessoas de todos os estados e do Distrito Federal. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira 16 pelo técnico de Planejamento e Pesquisa do instituto, Bruno Amorim. O trabalho do Ipea faz parte do Sistema de Indicadores de Percepção Social – trabalho e renda.
Do total de pessoas inativas (29%), 31,3% nunca procuraram emprego. Destes, 88% são mulheres.
Apesar do dado evidenciar que as mulheres ainda participam menos do mercado de trabalho, o fato de que a proporção de mulheres que nunca procurou emprego aumentar com a idade é sinal de que as novas gerações buscam cada vez mais espaço no mercado. Entre os homens, acontece o inverso: a maioria das pessoas que nunca procurou emprego está entre a população mais jovem, o que indicaria, segundo o documento, que nessa faixa-etária as pessoas estão se dedicando mais aos estudos.
Procura
Entre os desempregados, 45% procuram trabalho há mais de seis meses e 25% estão há mais de um ano procurando uma ocupação. Bruno Amorim destacou que esse cenário é preocupante porque representa risco de perda de habilidades e vínculos profissionais.
Informalidade
Enquanto a maioria dos trabalhadores informais não recebe direitos trabalhistas como um terço de salário nas férias e o décimo terceiro, 97% dos registrados têm seus direitos trabalhistas em dia. Entretanto, 18% dos trabalhadores formais afirmam que estão registrados com um valor de salário diverso do que recebem de fato, número considerado alto pelo instituto.
Contribuição
Quase a totalidade dos trabalhadores com carteira assinada contribui para a previdência (95%). Já entre os informais, o porcentual daqueles que não contribuem é alto, 68%. Deste, cerca da metade diz não contribuir por falta de renda.
Leia as conclusões da pesquisa no site do Ipea