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Elaine Patrícia Cruz
da Agência Brasil
Com o objetivo de pressionar o Congresso e o governo federal por mudanças favoráveis aos trabalhadores na discussão da Medida Provisória (MP) 595/2012, conhecida como MP dos Portos, trabalhadores do Porto de Santos entraram em greve na tarde de ontem (14).
A paralisação é por tempo indeterminado e teve início por volta das 13h, informou à Agência Brasil o presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira Barreto. Segundo ele, também estão parados os trabalhadores dos portos de Paranaguá (PR) e do Rio de Janeiro (RJ).
“Os portos estão com suas atividades 100% paradas porque o governo não atendeu às nossas emendas”, disse ele à Agência Brasil. O protesto, de acordo com ele, pretende fazer com que o governo entenda “a necessidade de contemplar nossas emendas”.
Uma das reivindicações é que a MP dos Portos garanta aos trabalhadores inscritos no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) o direito de atuar nos portos privados e de que os trabalhadores do setor recebam aposentadoria especial.
Segundo a Força Sindical, o entendimento dos sindicatos do setor ligados à central é o de que a MP “pode quebrar o sistema de portos públicos do Brasil e precarizar as condições de trabalho nos portos”.
“O governo havia se comprometido com diversas mudanças pedidas pelos trabalhadores e agora está voltando atrás”, disse o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, por meio do site da central.
Procurada pela Agência Brasil, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, informou que a movimentação no porto teve início por volta das 14h30 e que, até o momento, isso afetou parcialmente as operações de uma embarcação.
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