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O sábado (4) foi mais um dia de espera para as 230 famílias expulsas esta semana de uma ocupação na esquina das avenidas Ipiranga e São João, no centro de São Paulo. Após conversa com representantes da Secretaria Municipal de Habitação, os sem-teto não receberam resposta sobre o pedido que apresentaram.
“Nós propomos que se tivesse um local onde pudesse levar todas as famílias sem se separar, nós iríamos”, conta Carmen Silva, coordenadora da Frente de Luta por Moradia. Isso foi na sexta-feira (3) à tarde, mas durante todo o dia os representantes da prefeitura não retornaram com a resposta sobre a possibilidade de mudar as pessoas para um galpão na avenida 9 de Julho, próxima dali.
Desde a quinta (2) pela manhã, quando ocorreu a expulsão, eles passaram a morar na calçada do lado oposto da avenida São João, com colchões, roupas, armários, geladeiras, televisões e fogões. Na sexta, a Guarda Civil Metropolitana determinou que fossem desmontados os barracos improvisados para garantir um abrigo às famílias, que passaram a ficar ao relento.
Em outra frente, a expectativa se deposita sobre ação do Ministério Público Estadual que tenta reverter a decisão judicial que isentou a administração de Gilberto Kassab de dar atendimento habitacional aos sem-teto. A prefeitura argumenta que dar prioridade aos integrantes da Frente de Luta por Moradia seria injusto com aqueles que não promoveram ocupações.