Compartilhe
Segundo a Proteste, 45% dos médicos que responderam os questionários suspeitam que o processo de avaliação e controle de qualidade dos genéricos é menos rigoroso do que o dos de marca. Embora 92% afirmaram ter prescrito genérico a pedido dos pacientes ou para reduzir o custo do tratamento, para 44% deles esses medicamentos são mais vulneráveis a falsificações.
Para 30% dos profissionais de saúde entrevistados, os genéricos não são tão eficazes e não são tão seguros; para 23% não são tão seguros como os de referência; 42% não têm o hábito de prescrevê-los; e, para 88%, os farmacêuticos infuenciam os consumidores a substituírem o medicamento prescrito pela versão genérica.
Os genéricos, que passaram a ser vendidos no Brasil a partir de 2000, representam 21% das vendas de medicamentos. A taxa é considerada pequena. Segundo a Pró Genéricos, entidade que representa os fabricantes do setor, a principal razão é a judicialização das patentes. Ou seja, os laboratórios entram com medidas na Justiça para esticarem o direito de exclusividade sobre a venda de marcas que estão para expirar. “Isso traz uma insegurança para o setor, que fica sem saber se poderá ou não lançar a versão genérica”, disse Luciano Lobo, coordenador técnico da Pró Genéricos.