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Diversas organizações femistas produziram uma plataforma de defesa da legalização do aborto, com lançamento previsto para ocorrer em diversos estados brasileiros. Em São Paulo, o ato ocorre na Praça do Patriarca. Recentemente o local foi rebatizado pelos movimentos sociais e recebeu o nome de Praça da Matriarca. A integrante da Marcha Mundial das Mulheres, Sônia Coelho, explica que o objetivo é retomar o debate.
“Queremos neste dia 28 de setembro lançar essa plataforma para fazer o debate do que é a realidade do aborto clandestino no Brasil e do significa as mulheres, na nossa sociedade, não terem o direito de decidir sobre sua vida e a maternidade.”
Todos os anos ocorrem 42 milhões de abortos no mundo. A estimativa brasileira é de mais de 1.25 milhões de casos. As complicações dessa prática já representam a terceira causa da morte materna no país. Sônia Coelho defende que os convênios do Sistema Único de Saúde (SUS) sejam revistos.
“Muitas vezes essas instituições religiosas acabam impondo os seus valores, os seus princípios. No caso da saúde da mulher, nós queremos que todas as mulheres possam ter acesso a todos os métodos anticonceptivos. Muitas vezes as mulheres são prejudicadas porque esses setores não concordam com o uso da camisinha, não concordam com a contracepção de emergência. Então acabam cerceando o direito das mulheres de poder utilizar os serviços do SUS.”
Em maio de 2010, a Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) que concede ajuda financeira às mulheres vítimas de estupro que não realizarem aborto.