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Neste mês de março milhares de lutadores sociais se sentiram abalados com a perda da militante boliviana Domitila Barrios de Chungara, que faleceu no dia 14 devido a um câncer de pulmão.
Essa mulher de 75 anos sensibilizou muitos brasileiros e brasileiras com um impactante testemunho concedido à educadora brasileira Moema Viezzer e registrado, em 1976, no livro Se me deixam falar.
Nesta obra ela fala sobre sua vida de mulher pobre, descendente de indígenas, esposa de um trabalhador mineiro e militante contra a exploração, a opressão e a dominação de homens e mulheres no mundo capitalista.
Essa mulher de força, mãe de 11 filhos, combateu a ditadura de seu país e lutou pelo reconhecimento de direitos dos trabalhadores.
Um ano antes de seu relato, em 1975, ela havia ido ao México para participar da Conferência Mundial do Ano das Mulheres. A então dirigente do Comitê das Donas de Casa do Distrito Mineiro Siglo XX denunciou os massacres em seu país e a constante violação de direitos dos trabalhadores das minas da Bolívia.
Sua coragem nas ações contra a ditadura boliviana tornou-a uma das lutadoras mais conhecidas no mundo inteiro. Foi presa, exilada e depois retornou a seu país natal, instalando-se em Cochabamba, onde, em sua própria casa, criou uma Escola de Alfabetização Política. .
Seus exemplos ficarão guardados, e sua luta força precisa ser lembrada na luta diária de quem acredita e batalha por um mundo melhor.