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A 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região condenou, no último dia 14 de março, a emissora Jovem Pan (AM 620 kHz – São Paulo/SP) a pagar indenização de R$ 3,5 milhões por ter deixado o comentarista esportivo Milton Neves (foto) “na geladeira” e pressioná-lo a pedir demissão.
Milton Neves saiu da Jovem Pan em 2005 quando rescindiu indiretamente seu contrato de trabalho. Na época, o comentarista chegou a comentar que estava sofrendo perseguição da empresa, visto que teve o horário de seu programa reduzido gradativamente, foi retirado de escalas de trabalhou e perdeu o comando do “Terceiro Tempo”, no qual trabalhara há 33 anos.
Porém, de acordo com o portal R7, o processo foi divido em duas partes. A primeira diz respeito à indenização pela demissão do jornalista e a segunda parte discute os direitos trabalhistas a serem pagos pela rescisão indireta do contrato.
A argumentação favorável a Milton Neves foi feita pelo ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho e advogado Vantuil Abdala. Além dele e seu filho Fernando Teixeira Abdala, Ivani Gomes da Silva, do escritório Gomes Previatello Advogados, também consta como advogada do comentarista.
Até o dia do julgamento, o processo corria em segredo de Justiça. O problema de Milton Neves com a Jovem Pan, porém, já era conhecido pelo público. Antonio Augusto Amaral de Carvalho, conhecido como Tuta, dono da empresa, já havia dito em entrevistas que Milton Neves foi sua maior decepção na vida profissional por ter trabalhado por 33 anos na emissora e entrado na Justiça.
Procurado pela revista Consultor Jurídico, Milton Neves não quis falar sobre o assunto. O advogado da Jovem Pan não foi localizado.
FONTE: Portal Imprensa