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Com informações da revista Carta Capital
O governo Bolsonaro tem se destacado pelo comportamento de desprezo pela arte e crime contra cultura, que se materializou com o incêndio num dos galpões da Cinemateca Brasileira em São Paulo, na noite desta quinta-feira (29). Os trabalhadores da Cinemateca, juntamente com o Sindicato dos Radialistas desde 2020 já vinham denunciando o descaso com que o governo de Bolsonaro com o acervo da instituição.
Foto: Nadir Jacob . Em julho de 2020 – Ato dos trabalhadores da CINEMATECA e sociedade civil em frente a instituição
No início de julho do ano passado, com atraso de salários e o abandono do patrimônio cultural na qual a Cinemateca tem sob sua guarda, os trabalhadores entraram em greve e se mobilizaram para pressionar a direção da Associação de Comunicação Educativa Roquete Pinto, que administrava a Cinemateca na época, a apresentar uma solução para os problemas enfrentados pelos trabalhadores. O que não ocorreu devido a decisão do então Ministro da Educação Abraham Weintraub com a organização social, para gerir a TV Escola. Sem nenhum vínculo com o Ministério da Educação e Cultura, o acordo de gestão da Cinemateca ficou inválido. Com isso, a Cinemateca ficou a mercê não só do descaso e postura criminosa do governo Bolsonaro, com relação a sua gestão e segurança, mas com o abandono por não se responsabilizar com o acervo histórico da instituição, que é patrimônio do povo brasileiro.
Nesta quinta feira (29), durante o incêndio, ninguém da cúpula do Ministério da Educação e Cultura estava presente para comentar o ocorrido. Mário Frias e seu braço direito, André Porciuncula, que respondem pela administração da Cinemateca, estão em Roma, na Itália, desde a quarta-feira 28, para a Conferência dos Ministros da Cultura do G-20.