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Os portais são candidatos naturais, mas o fato é que, até mesmo para quem já tem na tela de televisão o foco do trabalho, as TVs com conexão à Internet têm se mostrado uma plataforma não só atraente, como necessária, devido às mudanças nos hábitos de consumo de mídia. O SBT e a Band fecharam acordo com a Sony e devem levar conteúdo à linha de aparelhos conectados da fabricantes a partir de setembro. “A indústria de broadband TV é um degrau essencial para o futuro do entretenimento digital. Sua plataforma permite a entrega rápida de vídeos digitais, trazendo para o aparelho de televisão a natureza on-demand da Internet. Isso é fundamental para atender às necessidades de um público cujo hábito de consumo de conteúdo está em constante transição devido às novas tecnologias”, diz Renata Abravanel, coordenadora do site da emissora, lembrando que o controle da “grade de programação” que até há pouco era das emissoras, deslocou-se para o usuário.
A ideia é disponibilizar, aos poucos, toda a programação da emissora em modelo catch-up, em que o conteúdo pode ser visto pouco tempo depois da exibição na TV. “Focamos também na exibição de programas na íntegra pois, devido à comodidade que a experiência oferece, o usuário de broadband TV dispõe de um tempo maior para o consumo de conteúdos mais longos”, explica Renata. A emissora ainda prepara conteúdo exclusivo para a plataforma. Trata-se do “SBT+”, programete sobre os bastidores dos programas e eventos da emissora.
Na Band, a decisão de distribuir conteúdo pelas TVs conectadas é uma orientação da presidência, de buscar a maior exposição possível dos conteúdos do grupo, no maior número possível de plataformas, como conta Ricardo Anderaos, diretor de negócios online da Band. O usuário do aparelho com acesso à Internet da Sony terá acesso a vídeos do portal eband, que reune conteúdo da Band e dos outros canais do grupo, o BandNews, o BandSports e o Terra Viva. “A vantagem desta plataforma é que os fabricantes criaram um sistema rápido e customizado de acesso ao conteúdo da televisão”, observa Anderaos. Segundo o executivo, esta oportunidade tem sido um “grande laboratório” também para os testes do canal de retorno, já que alguns aparelhos disponíveis no mercado possuem receptor digital integrado e hardware preparado para o iDTV (Ginga).