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Os trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação se reuniram em assembleia no dia 04/12, para debater a revisão do Plano de Carreiras da empresa e avaliar a proposta de paralisação da última assembleia. Com a participação de trabalhadores nas três praças – Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro – foi aprovada paralisação para o dia 09/12, sendo o resultado da votação o seguinte: 224 a favor 01 contra e 11 abstenções.
No último período houve duas reuniões presenciais entre representantes dos trabalhadores e empresa, mas pouco se avançou na construção do plano de carreira.
No último período houve duas reuniões presenciais entre representantes dos trabalhadores e empresa, mas pouco se avançou na construção do plano de carreira.
Os trabalhadores já haviam reprovado a proposta dos gestores de piso diferenciado pela carga horária. A discussão de plano de carreira vem sendo feita desde 2012.
Outro ponto aprovado em assembleia foi o envio de um documento á direção da empresa com a proposta dos trabalhadores para o plano de cargos e salários, este mesmo documento deve ser encaminhado a outras entidades.
Veja as proposta dos trabalhadores:
Propostas
A revisão do plano de carreiras vem ocorrendo desde 2012. Os trabalhadores já entregaram dois documentos de propostas e apresentaram novas formulações no fórum da intranet. Entre os pleitos principais estão:
– Melhoria da tabela salarial com redução de níveis e aumento do piso (na última assembleia foi aprovada proposta de tabela com piso de R$ 4.400 para nível superior e R$ 3.080 para nível médio);
– Descrição de cargos que respeite a legislação e não abra brechas para acúmulos e desvio de função;
– Equilíbrio entre promoção por mérito e antiguidade;
– Estabelecimento de critérios claros de progressão, com a definição sendo feita por um comitê composto por gestores e trabalhadores (eleitos pelos pares e indicados por sorteio);
– Não criação do cargo de supervisor, por entender que a criação de instrumentos como este aumentam a dependência dos trabalhadores em relação às chefias de plantão;
– Instituição de uma gratificação por qualificação;
– Criação de um comitê paritário para acompanhar a implantação do plano;
por tempo de serviço a cada ano até que a fila esgote e recomece. Isso garante que cada trabalhador suba uma referência pelo menos a cada três anos.
– Nesse sentido, foi proposta uma proporção de 50% para tempo de serviço e 50% para mérito. A empresa rejeitou e indicou que poderia avançar para algo em torno de 70% e 30%. Permaneceu a divergência.
– Os trabalhadores propuseram o limite de uma referência por ano (a empresa propõe até duas). A exceção seria no ano em que o trabalhador recebe a progressão por antiguidade. Nesse caso, ele poderia acumular.
– O jurídico da EBC fará uma avaliação da norma do Ministério do Planejamento sobre o percentual de 1% para promoções. Há um entendimento da gerência de Gestão de Pessoas que esse percentual faria referência apenas a promoções, o que poderia ampliar o montante destino às progressões anualmente.
* Progressão para gestores do quadro
– A proposta inicial era que os gestores do quadro recebessem automaticamente uma referência a cada ano, desde que a avaliação obtivesse uma pontuação mínima.
– A proposta foi duramente criticada, pois cria privilégios na condição de progressão entre gestores e trabalhadores. Os trabalhadores, inclusive, haviam proposto, anteriormente, que isso se desse em separado e por meio de uma proporcionalidade equivalente à quantidade desses empregados na empresa.
– As representações formularam uma proposta que coloca a progressão desses empregados em separado. O valor a ser utilizado, nesse caso, seria 1% do salários-base desses trabalhadores e a avaliação deles seria feita por direção.
– A empresa rejeitou a proposta.
– O encaminhamento dado foi que a empresa se compromete a formular nova proposta, tentando aproximar o processo de progressão dos gestores ao modelo aplicado aos empregados em geral. Essa proposta será ainda apresentada aos trabalhadores.
*Arquitetura e descritivo dos cargos [pendências do dia anterior]
– Gestores acataram sugestão de indicar o registro profissional para cada atividade prevista na carreira operacional. Isso ocorre, sobretudo, nos casos em que cabe mais de uma atividade regulamentada.
– Rejeitada proposta que fosse exigido DRT de radialista também para os cargos de engenharia. De acordo com a empresa, não é possível fazer essa exigência tendo em vista que a atividade tem regulamentação própria.
– Rejeitada proposta de que a atividade de Edição e Finalização de Imagem fosse encaixada no cargo semi-amplo de imagem. Permanece no cargo de Vídeo.
– Tradução em Libras – defendemos a inclusão, nas atribuições, da participação dos tradutores em Libras no acompanhamento de pautas, especialmente as relativas à surdez. Embora saibamos que todos os/as trabalhadores/as da EBC possam contribuir com as pautas, essa inclusão pode funcionar como política afirmativa para que essa participação e o contato com a pauta ocorram. Isso foi acatado.
– Cenotécnica – será encaixada dentro do cargo de Imagem, como mais uma atividade. Antes iria para Assistência de Produção e Acervo.
– Aprovada a diretriz que o processo de reenquadramento na carreira operacional seja feito em diálogo com cada trabalhador, considerando, além da atividade que ele desempenha hoje, as competências que ele adquiriu ou está se capacitando para obter.
– Em relação ao cargo de Produção de Arte e Cenografia, foi exposto que o descritivo é muito abrangente o que geraria dificuldade no momento de avaliar este profissional, pois ele não teria todas as habilidades exigidas. Sugestão de alteração foi descartada.
– Será criada a atividade de Almoxarife Técnico dentro do cargo Imagem.