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Coluna do Flávio Ricco
Televisão brasileira precisa pensar nas coisas do Brasil
Na mesma proporção em que as faculdades continuam formando, aprimorando e colocando novos profissionais de rádio e TV no mercado, constata-se perigosa retração ou até rejeição por parte das nossas emissoras em relação aos investimentos no setor de produção.
Ficou mais fácil, nem sei se mais barato, comprar pronto e aplicar no que vem de fora, em vez de estimular e até mesmo acreditar na nossa capacidade de trabalho.
A comercialização de formatos é algo que acontece no mundo todo. E não há nada contra a nossa participação no processo, mas que isto aconteça com parcimônia e dentro de certos limites.
O Brasil é, já de muito tempo, um dos maiores e mais respeitados exportadores de novelas, mas também se transformou num grande consumidor de todo o resto.
A nossa história nos credencia a intensificar experiências, que – certamente – serão bem-sucedidas na música, humor, grandes shows e outros do gênero. O que falta é abrir espaço para isso e virar tranquilamente esse jogo.
É preciso parar definitivamente com essa coisa de achar que o que vem de fora é melhor.