Compartilhe
A emissora vem sendo dirigida de forma que a censura e a criminalização são promovidas pela Agência Brasil, veículo público da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na cobertura do protesto das mulheres camponesas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizado no parque gráfico do jornal O Globo, na última quinta-feira (8), por ocasião da jornada de lutas do Dia Internacional da Mulher.
A ocupação, pacífica e que durou algumas horas, teve o objetivo de denunciar a já histórica parcialidade das Organizações Globo na cobertura dos fatos políticos do país, em especial o apoio descarado ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff e o endosso das medidas do governo Temer que retiram direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, para citar dois dos exemplos mais recentes. Na matéria publicada pela Agência Brasil, a mais importante agência de notícias do país, o título (“No Rio, mulheres do MST promovem ato de vandalismo em parque gráfico da Globo”) foi claramente editorializado para expressar uma opinião política que não cabe em um texto que se pretende jornalístico. Além disso, o termo ocupação foi substituído por invasão, destoando de uma cobertura equilibrada e imparcial dos conflitos sociais que sempre foi a marca da Agência. De maneira ainda mais grave, a matéria foi editada de forma a omitir completamente a versão do MST sobre o protesto e destacar a versão da Globo, num claro gesto de censura que remonta aos tempos mais sombrios da história do país.
Com informações do Forum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).