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Radialistas em assembleia da categoria
Responsáveis por garantir qualidade técnica na produção, gravação e transmissão de programas de rádio e TV no Brasil, os radialistas deveriam comemorar seu dia alusivo neste 21 de setembro. Deveriam. Mas esta data, por conta da atual conjuntura, nos leva a refletir que, o que devemos ter, de fato, é mais preocupação.
Com duas datas comemorativas no calendário, uma institucionalizada por uma canetada do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outra comemorada pela categoria pela relevância histórica – 21 de setembro de 1943, o então presidente do Brasil Getúlio Vargas instituiu o piso salarial mínimo para a categoria. – os radialistas brasileiros precisam de algo fundamentalmente para comemorar.
No Brasil, após golpe que destituiu a ex presidenta Dilma, os trabalhadores brasileiros acompanham, com reações pontuais, aos ataques indiscriminados as conquistas garantidas por anos de luta. Com a categoria dos radialistas não é diferente.
Após a reforma trabalhista, seguindo receituário patronal de relações do trabalho, os legisladores impuseram uma séria derrota aos trabalhadores, que ainda não foi sentida porque as mudanças começarão a ser implementadas no início de novembro deste ano.
Fracionamento de férias, prevalência do negociado sobre o legislado, rescisão por acordo, redução de tempo para o horário do almoço, trabalho intermitente entre outras tantas malvadezas colocarão a categoria a prova de sua organização.
Aos radialistas lhes sobram, como referência, sua história de luta e organização. Trabalhadores sindicalizados ganham mais e tem seus direitos respeitados, quando organizados. Por isso, uma motivação para comemorar seria reascender o ímpeto de uma categoria que em 1978 conquistou uma legislação própria em que garantiu à sua categoria mais de 90 funções regulamentadas e com diversas funções com carga horária reduzida.
Radialista brasileiro, dia 21 de setembro tem de ser o seu dia de luta. Lute para poder comemorar.