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A categoria pede reajuste com base no ICV-Dieese (5,37% nos últimos 12 meses, até abril), com ganho real de 14,99%. A discussão entre os metroviários e a empresa foi finalizada mais cedo, devido ao acidente ocorrido na Linha 3 – Vermelha do Metrô. .
Outros itens da pauta, que abrangem cláusulas como plano de saúde integral aos trabalhadores e aposentados, adicional de periculosidade em todos os vencimentos, equiparação salarial, cesta básica e outros, foram negados pela empresa.
Segundo o presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Paulo Roberto Pasin, a proposta está muito longe da expectativas da categoria. “Diferentemente do ano passado, quando a empresa negociou alguns itens, nesse ano ela não atendeu nenhum e apresentou propostas muito distantes das reivindicações das categorias”, afirmou.
O dirigente também reafirmou a disposição da categoria de poupar a população de problemas durante a greve. “Os trabalhadores se dispõem a trabalhar, desde que a empresa permita que nesse período, a passagem seja gratuita, ou seja, que as catracas sejam liberadas aos usuários. Isso porque nós nos preocupamos com a população”, disse, ao comentar os aspectos negativos que pautam a imprensa durante a mobilização dos trabalhadores. Segundo Pasin, o Metrô negou a liberação das catracas.
Nova assembleia já foi agendada para a próxima terça (22). A categoria ainda espera novas propostas do Metrô e uma solução negociada para a campanha salarial.
Homenagem e alerta
Ainda na assembleia de ontem (16), os metroviários destacaram a importância do operador de trem (cujo nome não foi divulgado) que acionou o freio de emergência da composição envolvida no acidente da Linha 3 Vermelha, na estação Carrão, na zona leste da capital. A ação foi considerada decisiva para evitar uma tragédia com vítimas graves e até mortes.
Na homenagem, foi novamente chamada a atenção para a Linha 4-Amarela, que usa trens totalmente automatizados. “A tecnologia não substitui a importância do trabalho humano”, afirmou Pasin.