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O ano de 2015 foi cheio de atividades e lutas para os radialistas. Relembrar esses momentos é importante para ver as conquistas da classe trabalhadora e, por sua vez, as arbitrariedades dos patrões.
Das atividades promovidas pelo Sindicato, o Congresso Estadual dos Radialistas, é um dos momentos mais importantes, pois é nele que se avalia os últimos anos de luta da entidade e se propôs os novos rumos a serem tomados. O Congresso estadual é um momento para se avaliar as lutas travadas, planejar nossa organização e decidir os caminhos a serem percorridos. entender a luta da classe trabalhadora por inteiro. A análise de conjuntura e participação de trabalhadores de outras categorias fortalece a luta dos radialistas.
A participação dos radialistas paulistas no Congresso Nacional dos Radialistas, que aconteceu no Rio de Janeiro, também é algo importante a ser lembrado, já que o Sindicato com a maior base de radialistas do país, é o nosso, do estado de São Paulo.
A participação dos radialistas paulistas no Congresso Nacional dos Radialistas, que aconteceu no Rio de Janeiro, também é algo importante a ser lembrado, já que o Sindicato com a maior base de radialistas do país, é o nosso, do estado de São Paulo.
Houve nesse ano também a realização de debates a respeito das decisões do governo sobre a economia. Principalmente sobre as Consequências do Ajuste Fiscal para as Trabalhadoras e Trabalhadores. As ações do governo Dilma afetaram toda a classe trabalhadora brasileira, com mudanças na forma de administração do Seguro Desemprego, da pensão por morte e do auxílio doença, diversos trabalhadores ficaram desamparados.
Essa luta não é específica dos radialistas, mas de todos os trabalhadores. Quando todos se comprometem na luta por seus direitos, a classe se fortalece. E nossa categoria, também. Quanto mais união e mobilização, maior a força da classe.
A Campanha Salarial do último ano teve grande participação dos trabalhadores do interior, mas essa luta tem de ser de todos, principalmente dos companheiros da Capital. Consequência disso foram os diversos avanços na Convenção Coletiva de Trabalho. Um reajuste salarial acima da inflação para os pisos, manutenção do abono/PLR para o ano de 2016, aumento do valor facial do vale refeição, entre outros.
Com o trabalhador consciente, participando da Campanha Salarial, a categoria fica mais forte e a conquista de novos de direitos é uma certeza.
Participar das mobilizações da sociedade civil também mostra a consciência dos trabalhadores radialistas. Bom exemplo disso é o movimento #EuQueroACulturaViva!, no qual participam o Sindicato e diversos trabalhadores radialistas em conjunto com outras entidades de valorização da cultura e da comunicação de qualidade em nosso país.
Participar das mobilizações da sociedade civil também mostra a consciência dos trabalhadores radialistas. Bom exemplo disso é o movimento #EuQueroACulturaViva!, no qual participam o Sindicato e diversos trabalhadores radialistas em conjunto com outras entidades de valorização da cultura e da comunicação de qualidade em nosso país.
Grandes vitórias em processos jurídicos
Depois de 25 longos anos, finalmente foi liberado o restante do crédito em favor dos radialistas que trabalhavam na TV Bandeirantes em 1990.
Depois de 25 longos anos, finalmente foi liberado o restante do crédito em favor dos radialistas que trabalhavam na TV Bandeirantes em 1990.
Em maio de 1990 o Sindicato conquistou para a categoria o direito de receber as primeiras duas horas extras com adicional de 100%, pois antes era 50%. O Dissídio somente foi julgado em novembro daquele ano, sendo que, até então, a Bandeirantes continuou pagando as horas extras com adicional de 50% de forma irregular. Em dezembro a Bandeirantes pagou as diferenças de tais horas extras mas sem a correção monetária.
Importante esclarecer que, na fase de apresentação dos cálculos iniciais, o perito havia calculado os valores para todos, sendo que na ocasião a TV BANDEIRANTES, espertamente, não concordou. Afirmou que somente os sócios do Sindicato é que tinham direito ao processo.
O Juiz de primeira instância concordou com a TV Bandeirantes e mandou tirar todos os nomes dos trabalhadores que não eram sócio do Sindicato e liberou o dinheiro apenas para quem era sócio, o que aconteceu em 2001.
Apesar do entendimento do Juiz o Sindicato recorreu da decisão e no Tribunal conseguiu reverter o entendimento do Juiz de primeira instância. No Tribunal o Sindicato conseguiu conquistar o direito para todos.
Para que o Sindicato tenha cada vez mais influência na luta, é importante que a categoria se associe, pois quanto mais trabalhadores se unirem em nossa entidade sindical, mais ela continuará a ser nosso instrumento de defesa e de luta por direitos para nossa categoria.
Greves na categoria conquistam avanços
No ano que se passou, quatro empresas tiveram greve. Os Radialistas se organizaram para garantir e avançar na conquista de direitos.
No ano que se passou, quatro empresas tiveram greve. Os Radialistas se organizaram para garantir e avançar na conquista de direitos.
A greve sempre foi, e será, um instrumento de luta. Uma forma legítima de pressão dos trabalhadores sobre os patrões, para mostrar insatisfação e necessidade de maiores conquistas para a classe trabalhadora.
Em 2015 os radialistas paulistas passaram por algumas greves, de grandes e pequenas emissoras, por questões de campanha salarial ou algum assunto específico, o importante foi que a greve se mostrou vitoriosa em todos os casos.
Greve na Rádio Cumbica/Guarulhos
No mês junho os funcionários da Rádio Cumbica paralisaram suas atividades porque a empresa vinha, a tempos, mantendo diversas irregularidades trabalhistas, ela mantinha funcionários sem carteira assinada, pagava abaixo do piso salarial da categoria,não pagava hora extra, adicional noturno, nem adicional por tempo de trabalho, além de não respeitar o direito à férias, escala de trabalho e intervalo entre jornadas.
Durante a greve, o dono da emissora não quis receber os funcionários e o Sindicato para negociar, e sequer apareceu na Rádio durante o período.
Diante dessa situação, esses trabalhadores, juntamente com o Sindicato, ocuparam a Rádio Cumbica e realizaram, durante 4 dias uma programação não comercial, com a prestação de serviços à comunidade, informes sobre os rumos da greve e uma grade musical de qualidade.
O dono da emissora, durante a greve cometeu outro desrespeito a estes trabalhadores, demitindo todos. Um processo de reintegração desses empregados foi aberto pela entidade sindical, e em novembro, a justiça decretou a reintegração de todos, que permanecem trabalhando. O processo com julgamento favorável aos trabalhadores, garante estabilidade até abril de 2016 e os pagamentos dos direitos trabalhistas de todo esse período.
Greve Rádio Clube Guaratinguetá/Vale do Paraíba
Em setembro, outra Rádio fica com seus trabalhadores em greve, as emissoras Rádio Clube FM e Rádio Clube AM, da cidade de Guaratinguetá.
Em setembro, outra Rádio fica com seus trabalhadores em greve, as emissoras Rádio Clube FM e Rádio Clube AM, da cidade de Guaratinguetá.
Em agosto o Sindicato dos Radialistas de SP havia sido chamado para negociar junto a empresa o pagamento dos salários não recebidos pelos trabalhadores. Nesse caso, a pressão dos trabalhadores teve um resultado rápido, em poucos dias os salários foram regularizados e os trabalhadores voltaram às atividades.
Um exemplo de que a luta tem consequência boa, se os trabalhadores se mantém unidos!
Greve na EBC (TV Brasil) tem adesão massiva durante Campanha Salarial
A Campanha Salarial para a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no mês de novembro, engloba 4 estados (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão) e conjuga duas categorias, radialistas e jornalistas.
A Campanha Salarial para a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no mês de novembro, engloba 4 estados (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão) e conjuga duas categorias, radialistas e jornalistas.
A empresa estava irredutível em garantir poucos avanços para os trabalhadores. A solução para essa intransigência foi a greve. Ela durou 10 dias e teve uma adesão massiva das categorias.
O Acordo Coletivo de Trabalho foi aprovado pelos trabalhadores após uma proposta apresentada pela conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Trabalhadores da RTV Cultura permanecem sem resposta efetiva da empresa
Os radialistas da RTV Cultura estão cansados de esperar para que seus direitos conquistados sejam garantidos.
Os radialistas da RTV Cultura estão cansados de esperar para que seus direitos conquistados sejam garantidos.
Após o fechamento da Campanha Salarial, veio a posição da empresa, que é administrada pelo governo do estado de São Paulo. Não foi pago o Abono Salarial e o reajuste salarial não foi pago integralmente. Esses dois direitos são garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho.
Cobrada, a empresa disse que não tinha autorização do governo do estado para realizar os pagamentos.
O passo seguinte foi a greve, que se iniciou em junho.
Mais desrespeito …
Após de cinco dias de greve e várias tentativas de novos diálogos, os trabalhadores decidiram por voltar as atividades, com o compromisso de estabilidade por 30 dias a todos os trabalhadores, não desconto dos dias parados e a tentativa da empresa em liberar a verba junto ao governo do estado.
Após de cinco dias de greve e várias tentativas de novos diálogos, os trabalhadores decidiram por voltar as atividades, com o compromisso de estabilidade por 30 dias a todos os trabalhadores, não desconto dos dias parados e a tentativa da empresa em liberar a verba junto ao governo do estado.
Mas o que aconteceu foi bem diferente, 20 dias depois a empresa quebrou o acordo e demitiu em massa, mais de 50 funcionários de diversos setores.
O Sindicato recorreu a Justiça, solicitando o cancelamento das demissões. Em dezembro, saiu a resposta favorável aos trabalhadores, a Justiça determinou que as demissões fossem anuladas.
No entanto, os motivos da greve continuam ainda sem solução, mas os trabalhadores da RTV Cultura continuam mobilizados e unidos.
Demissões injustas e reintegrações
No mês de março de 2015, o que o Sindicato havia denunciado o que aconteceu; a Rede Record começou o processo de terceirização de diversos setores da empresa. Todos os trabalhadores do setor maquinaria e da tapeçaria, que não possuíam estabilidade, foram DEMITIDOS, e estes postos de trabalho foram ocupados por funcionários terceirizados.
No mês de março de 2015, o que o Sindicato havia denunciado o que aconteceu; a Rede Record começou o processo de terceirização de diversos setores da empresa. Todos os trabalhadores do setor maquinaria e da tapeçaria, que não possuíam estabilidade, foram DEMITIDOS, e estes postos de trabalho foram ocupados por funcionários terceirizados.
A terceirização está desempregando trabalhadores em massa, dois setores já foram totalmente transferidos para as mãos das produtoras terceirizada e muito mais está sendo planejado pela emissora.
O Sindicato realizou denúncia sobre a terceirização, que é ilegal, no Ministério Público do Trabalho (MPT), o processo está em andamento.
Outra demissão ilegal por parte da Rede Record
Em agosto de 2015 a Rede Record demitiu um trabalhador que lhe prestava serviços a mais de 18 anos e se encontrava em tratamento médico com cirurgia marcada e às vésperas de sua aposentadoria.
Em agosto de 2015 a Rede Record demitiu um trabalhador que lhe prestava serviços a mais de 18 anos e se encontrava em tratamento médico com cirurgia marcada e às vésperas de sua aposentadoria.
Isso é, a emissora, com essa demissão cometeu diversas irregularidades e mostrou o que seus trabalhadores representam para ela, NADA.
Em processo movido pelo Sindicato, o Juiz cancelou a demissão do trabalhador, mandou a Record reintegra-lo e a restabelecer seu convênio médico sob pena de pagar multa diária de R$ 10.000,00. Na sentença o juiz disse: “ A reclamada (Record) ao promover a dispensa do reclamante, sem qualquer motivação, tomou uma atitude mais do que reprovável.
Sua atitude foi desumana, cruel e imoral e revela total descompromisso e desprezo com a função social da empresa e com a vida daqueles que estão trabalhando em seu beneficio”
O Sindicato realizou a reintegração, mais que justa desse trabalhador!
O Sindicato realizou a reintegração, mais que justa desse trabalhador!
Mais demissões em massa
Assim como RTV Cultura, mais duas emissoras realizaram demissão em massa de radialistas em 2015, a Rádio Estadão e a Rádio Cultura de Santos.
Em todos os casos o Sindicato entrou com pedido de cancelamento das demissões.
Em todas as audiências a decisão foi favorável aos trabalhadores, e nos 3 casos as demissões foram consideradas nulas.
Na Rádio Cultura de Santos, o Sindicato dos Radialistas reintegrou todos os trabalhadores à empresa, que haviam sido demitidos em massa, já próximo ao natal. A perspectiva é que a reintegração aconteça nos demais casos.
Demissões em massa não pode ocorrer nas empresas, sem que haja negociação coletiva com o Sindicato da categoria. Para que os efeitos dessa demissão não sejam tão danosa aos trabalhadores.
O ano de 2016, assim como o anterior, promete ser de grandes lutas. Com a participação ativa de cada radialista fará com que a nossa categoria tenha condições de passar por mais um ano tendo conquistas e avançando nas lutas sempre.
O ano de 2016, assim como o anterior, promete ser de grandes lutas. Com a participação ativa de cada radialista fará com que a nossa categoria tenha condições de passar por mais um ano tendo conquistas e avançando nas lutas sempre.
Processo de periculosidade da Globo
Há quase 20 anos o Sindicato entrou com processo contra a TV GLOBO para o reconhecimento de um direito dos trabalhadores que exercem suas atividades trabalhando com alta tensão, receber o adicional de periculosidade.A TV GLOBO perdeu em todas as instâncias e emdezembro de 2015 finalmente a TV GLOBO pagou aos trabalhadores, sendo que para muito, o adicional foi incluído na folha de pagamento. Apesar da demora, a justiça finalmente foi feita a emissora desembolsou cerca de 43 milhões para pagar o processo, além do valor do INSS. Demostração de quem luta conquista.
Há quase 20 anos o Sindicato entrou com processo contra a TV GLOBO para o reconhecimento de um direito dos trabalhadores que exercem suas atividades trabalhando com alta tensão, receber o adicional de periculosidade.A TV GLOBO perdeu em todas as instâncias e emdezembro de 2015 finalmente a TV GLOBO pagou aos trabalhadores, sendo que para muito, o adicional foi incluído na folha de pagamento. Apesar da demora, a justiça finalmente foi feita a emissora desembolsou cerca de 43 milhões para pagar o processo, além do valor do INSS. Demostração de quem luta conquista.