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Com é de conhecimento de todos, em razão do péssimo salário pago, anos atrás, os trabalhadores da Central Técnica se reuniram e reivindicaram aumento sob pena de terem de arrumar outro emprego para manter minimamente as condições básicas de suas famílias. Na ocasião o dono da emissora embora não tenha concedido qualquer reajuste em seus salários, assumiu o compromisso que não haveria necessidade de arrumar um segundo emprego pois lhes seria garantido o trabalho em horas suplementares para garantir remuneração mínima suficiente.
Apesar de não ter sido a melhor solução os trabalhadores aceitaram a proposta e a partir de então cada trabalhador fazia o trabalho de 02, em 02 períodos, recebendo no final de cada mês a remuneração equivalente. Esta situação perdurou por anos a fio. Infelizmente, como para determinados indivíduos a palavra dada não serve para nada, recentemente com a “mudança na administração da emissora” o que foi dito o vento levou e os trabalhadores tiveram as horas extras prestadas suprimidas de repente. Com essa supressão os trabalhadores tiveram, da noite para o dia, que passar a sobreviver com o mísero salário base pago pela emissora, vendo todas as dívidas assumidas indo se acumulando sem o respectivo pagamento. Para piorar a situação passaram a trabalhar sob pressão na medida em que, embora o trabalho continua o mesmo, tem que ser executado na metade do tempo.
Mais isso é apenas o começo. Considerando que a lei não garante a integração das horas extras suprimidas no salário, o sindicato passou a negociar o pagamento da indenização a que tinham direito, qual seja: 01 mês da média de horas extras por cada ano de serviço prestado a empresa, multiplicado por todos os anos de serviços prestados. Pois bem, finalizados os cálculos e tendo sido encontrado o valor devido para cada trabalhador, em reunião realizada na data de 12/11/2015 a empresa informou ao sindicato que somente pagaria relativo aos últimos 05 anos, embora a lei determine que seja sobre a totalidade dos anos. A Jovem Pan: além de não honrar o que foi assumido com os trabalhadores no passado, reduziu os salários a ponto de deixa-lo inadimplente com suas dívidas, a emissora quer ainda obter mais lucro ficando com as migalhas que a lei lhes garante, migalhas que não paga nem as cadeiras adquiridas na gigantesca reforma que foram feitas recentemente em suas dependências.
O Sindicato se recusou a assinar esse tipo de acordo diante da grave lesão que irá causar a muitos trabalhadores. Na reunião realizada na data de 12/11 a empresa comunicou que irá pagar as diferenças apuradas nos últimos cinco anos no mês em curso. Entretanto, como esse compromisso não foi assumido por escrito (como sempre), melhor não ficar contando com isso. A Jovem Pan nos informou que “ deliberaram internamente” (já que são bonzinhos) que irão manter a prestação de 01 hora extra mensal, além daquelas que se fizerem necessárias. O Sindicato informa que isso consubstancia-se em mais um golpe na medida em que, esse fato servirá como matéria de defesa contra os trabalhadores no processo que será interposto pelo sindicato. Não se deixem iludir pelo canto da sereia.
Os trabalhadores não devem aceitar essa proposta e devem se recusar de fazer qualquer hora extra, pois isso é o golpe que os trabalhadores já caíram anos atrás. Para realizar os trabalhos necessários a emissora deve contratar o número suficiente de trabalhadores. Informamos ainda que ao elaborarmos os cálculos descobrimos que, para efeito do pagamento das horas extras a empresa não utilizava na base de cálculo os quinquênios. Ou seja, mais um direito suprimido dos trabalhadores. Assim, como resumo o sindicato informa que as negociações foram infrutíferas, razão pela qual estará ingressando na justiça com os dois processos cabíveis.
Pedimos para os trabalhadores (as) da Jovem Pan dos demais setores que tiveram suas horas extras suprimidas igual aos trabalhadores da Central Técnica, a entrar em contato com o Sindicato para poder ser integrado ao processo.