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Entre os alvos está um banco da Suíça, que congelou os fundos de Julian Assange, fundador do site, e a PayPal, que parou de receber doações para o Wikileaks.
O porta-voz do banco “PostFinance” confirmou à agência de notícias suíça “ATS” que a página estava bloqueada desde as 19h30min (horário de Brasília) de segunda-feira (6).
Um membro do grupo, chamado “Coldblood” (“Sangue Frio”), disse à BBC que vários ataques vêm sendo feitos. “Sites que estão cedendo às pressões do governo estão se tornando alvo”, disse. “Nós sentimos que o Wikileaks se tornou mais que apenas um site de vazamento de documentos. Isso se tornou um terreno de guerra, de pessoas contra o governo”, completou.
Até agora, os ataques, que sobrecarregam sites, não deixaram nenhuma página fora do ar. Porém, esse não é o objetivo do grupo. “A nossa ideia não é derrubar os sites, e, sim, chamar a atenção das empresas”, disse. “As companhias vão observar um aumento no tráfego, que significa aumento nos custos associados à execução do site”, explicou “Coldblood”.
O grupo também está ajudando o Wikileaks a criar centenas de “sites espelhos”, que garantem que o conteúdo continue acessível. Segundo “Coldblood”, até o momento, existem 507 “sites espelhos”.
Julian Assange é preso em Londres
A prisão ocorre por conta de uma ordem emitida na Suécia e válida na Europa. O australiano Assange, de 39 anos, é acusado de crimes de abuso sexuais, ocorridos em agosto naquele país. Ele nega as acusações.
Ele é o centro de uma polêmica mundial depois que seu site, especializado em vazar documentos secretos, começou a vazar mais de 250 mil correspondências diplomáticas norte-americanas, o que gerou críticas de governos de todo o mundo, liderados pelo norte-americano.
A polícia informou em comunicado que Assange entregou-se e foi preso por volta das 9h30 locais (7h30 do horário brasileiro de verão), em uma delegacia de Londres. Seu paradeiro anterior à prisão não foi informado.