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Por Joel Melo
Preocupados com um possível “desmanche” da Rádio e TV Cultura, os funcionários dessas emissoras foram recebidos, no auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa, pelos deputados Carlos Giannazi (PSOL) e José Candido (PT) para discutir o futuro da Fundação Padre Anchieta e tentar reverter o quadro de demissões que os ameaça.
A diretora do programa de hip-hop Manos e Minas, Maria Amélia Rocha Lopes, comentou o envolvimento de artistas e da comunidade hip-hop na defesa do programa, que havia sido cortado pelo atual presidente da fundação, João Sayad. “A ideia do programa é tratar a periferia com respeito, assim como fomos respeitados por eles”, explicou Maria Amélia. Ainda durante sua exposição, chegou um fax da assessoria de imprensa da Cultura dizendo que o programa será mantido, o que foi comemorado pelos presentes como “uma semente que pode germinar e impedir o fim de outros programas que estão marcados para saírem da grade de programação da emissora”, concluiu a diretora.
Frente parlamentar
Presentes também ao evento, o diretor do Sindicato de Radialistas, Sergio Ipoldo e o diretor do Sindicato dos Jornalistas, Guto Camargo. Eles protestaram contra a maneira com que a atual presidência da Fundação Padre Anchieta vem tratando a Rádio e a TV Cultura. Guto Camargo falou que o Sindicato dos Jornalistas disponibilizou o site salvertvcultura.org para que as pessoas possam se atualizar com relação ao movimento em defesa da emissora, que o deputado José Cândido chamou de patrimônio do povo paulista.
Ao sugerir uma frente parlamentar em defesa da TV Cultura, Guto Camargo ouviu do deputado Giannazi que algumas assinaturas já haviam sido colhidas para a criação da frente. Também se manifestaram durante o evento o senador Suplicy e os artistas Thaíde, Kamau, Fabiana Cozza, e o palhaço Pampam.