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A crise humanitária na região do Sahel, na África, só tende a piorar, segundo o diretor-geral do Unicef, Anthony Lake. Ele renovou o apelo à comunidade internacional nesta terça-feira, dizendo que no futuro não haverá desculpas se não houver ação hoje, com rapidez e eficácia.
Estima-se que ao menos 15 milhões de pessoas estejam ameaçadas pela fome, devido à escassez de alimentos decorrente da seca e conflito. O Unicef calcula que 1,5 milhão de crianças corram risco de desnutrição aguda.
A ajuda alcançada é somente a metade do total necessário, e ainda são precisos US$ 400 milhões, cerca de R$ 730 milhões. O diretor-geral do Unicef disse que é mais fácil e barato tratar crianças com desnutrição moderada agora do que salvar menores com desnutrição aguda mais tarde.
Durante encontro em Genebra sobre a crise no Sahel, Anthony Lake lembrou que famílias carentes não merecem “pena nem caridade”, mas sim apoio em sua “luta corajosa pela sobrevivência, em condições que poucos podem imaginar”.
Já o Programa Mundial de Alimentos, PMA, afirmou que faltam apenas quatro semanas para conseguir 180 mil toneladas de cereais e 36 mil toneladas de grãos para a região. O PMA ajuda também em áreas onde há comida, mas as pessoas são muito pobres para comprá-la.
Da Rádio ONU, em Nova York, Leda Letra.