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Na última segunda-feira (07), a emissora de televisão anunciou a demissão de 150 funcionários como parte do processo de reestruturação planejado pelo presidente da Fundação, João Sayad.
Porém, comenta-se que o número de empregados demitidos da Cultura poderá chegar a 200 até o final deste mês. Alguns funcionários estão em férias e seriam avisados sobre seu desligamento quando voltarem. O diretor do Sindicato dos Radialistas, Sérgio Ipoldo, explicou que “se a direção da emissora quer que 70% da grade da programação” seja terceirizada, “é provável que outros funcionários sejam dispensados”.
Dos R$ 6 milhões em gastos com verbas rescisórias, R$ 4 milhões viriam de verba suplementar liberada pela Secretaria da Fazenda. As demissões atingiram todas as áreas da TV Cultura, da produção a direção. Só na segunda, 53 profissionais foram dispensados. Os demais serão comunicados ao longo da semana.
De acordo com a Folha, o valor dos salários dos empregados dispensados varia entre R$ 2 mil e R$ 30 mil – alguns tinham mais de 10 anos de casa. Os funcionários demitidos do setor administrativo eram ligados à gestão de Paulo Markun, que antecedeu Sayad – entre eles, Celso Tadeu, que ingressou na Cultura em 2009, levado por Markun.
A assessoria de imprensa da emissora afirmou que não haverá mais demissões e que nenhuma atração de sua grade sairá do ar.
Otimização
Ao assumir a presidência da Fundação Padre Anchieta, Sayad declarou que o quadro de funcionários da TV Cultura estava “inchado” e que sua gestão intencionava demitir cerca de 1,4 mil empregados. Segundo ele, além de outras medidas para otimizar a emissora, as demissões fariam parte de um plano de reestruturação que buscava “racionalizar a televisão”.
Além disso, a estratégia de “enxugamento” incluía a não-renovação dos contratos com a TV Justiça e a TV Assembleia deve ocasionar a demissão de 285 funcionários. O diretor do Sindicato dos Radialistas afirmou que, em uma reunião realizada em janeiro com funcionários e dirigentes de outros sindicatos para tratar sobre os empregados dispensados. “Em janeiro, foi feita uma reunião com funcionários e dirigentes dos sindicatos dos Radialistas e dos Jornalistas, e a Fundac [Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação] se comprometeu a contratar todos os 96 funcionários, com um ano de estabilidade”, disse Ipoldo.