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Por Jorge Américo
Cientistas e autoridades de Uganda continuam sem saber a origem de uma doença que já vitimou mais de 200 crianças e adolescentes no país. Popularmente conhecida como “síndrome do cabeceio”, a enfermidade provoca seguidos ataques epiléticos. O sistema neurológico e a memória são afetados, além dos prejuízos na visão.
Crianças com a síndrome estão sujeitas a acidentes. Os casos mais graves estão relacionados a afogamentos e queimaduras. Os enfermos se tornam tão vulneráveis que tarefas simples como comer ou até mesmo reconhecer o ambiente ficam comprometidas.
Assim, muitas das mortes de portadores da doença resultam de causas secundárias. Estimativas oficiais consideram que aproximadamente 3 mil crianças tenham sido afetadas pela síndrome.
O pai de uma das crianças relata que ela teve uma média de até cinco convulsões por dia nos últimos oito anos e sua saúde está cada vez mais debilitada. A síndrome foi documentada pela primeira vez na Tanzânia, em 1962. Cinquenta anos depois, os pesquisadores ainda conhecem muito pouco sobre ela.
A única pista dos cientistas é uma possível ligação com o parasita da mosca preta, que causa oncocercose, chamada de “cegueira dos rios”. Enquanto a causa da doença permanece desconhecida, as autoridades estão se concentrando em tratar os sintomas.