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Os patrões de rádio e TV não tomam jeito. Aproveitando a onda de Fake News das últimas eleições, tentam enganar a categoria como se fosse o sindicato o empecilho para não ter fechado a convenção coletiva de trabalho (CCT) da categoria.
A verdade é que os patrões querem retirar direitos dos trabalhadores. Querem que os trabalhadores sejam escravos de sua ânsia de lucros, independente das condições de trabalho e de saúde dos radialistas. E o Sindicato dos Radialistas não concorda com isso. E por não concordar, não vai submeter a categoria ao chicote ou as correntes que os patrões sonham usar.
Ainda vale
Nossa convenção coletiva continua valendo, mas sem o reajuste a que temos direito por pura sacanagem dos patrões. Eles querem enfiar goela abaixo seus interesses, que não são os da categoria. Os da categoria foram decididos em nossa assembleia de abertura da campanha salarial em março deste ano (8 meses atrás).
Desde o início das negociações dessa campanha salarial (que foram mais de 10 reuniões), a comissão de negociação dos trabalhadores deixou claro para a bancada patronal que a categoria decidiu não retroceder um passo atrás em seus direitos e a diretoria apenas executa o que foi decidido. No decorrer das negociações, como sempre em uma negociação, abrimos mão de algumas reivindicações para se chegar a um acordo, mas que tropeçou na intransigência patronal.
Alguns dos direitos que os patrões querem retirar
Horas extras |
Vai para o banco de horas, não recebe. Só folga. Trabalha igual um camelo e folga a “Deus dará”. |
Quinquênio |
Congela quem tem, quem não tem, fica sem. |
Estabilidade pré aposentadoria |
Quem está quase para aposentar, pode ser mandado embora. |
Sem penalidade (pagamento) para trabalho intra jornada ou no meio da folga. |
Tá em casa de folga ou acabou de sair da empresa pra ir pra casa? Esquece, volta pra trabalhar quando o chefete lhe chamar. |
PPR/Abono |
Reduzir para 25% do salário. Uma migalha. |
Não é novidade que os patrões tentam asfixiar o Sindicato financeiramente, para que ele caia de joelhos e vire um simples joguete dos interesses patronais. E a taxa assistencial é fundamental para manter o Sindicato independente financeiramente e preparado para as lutas que são realizadas ao longo do ano contra os maus patrões (existe algum bom?) e para nossa organização. Categoria desorganizada é categoria escravizada.
Para os trabalhadores que não quiserem contribuir, existirá a carta de oposição ao desconto. Com o fim da obrigatoriedade do imposto sindical, não restou outra alternativa para o sindicato. Agora temos de deixar claro que o Sindicato não acha correto apenas os sindicalizados contribuírem com sua entidade de classe, pois os direitos conquistados valem para todos.
Como devemos nos sentir sabendo que seu colega de trabalho contribui todos os meses e quando lhe é solicitado uma contribuição esporádica para ter os mesmos direitos você vira as costas? Não dá, né?!
Agora, fim das eleições, voltamos a cargo de nossa obrigação; pressionar os patrões para tomarem jeito e assinarem nossa convenção coletiva com todos os nossos direitos.
Queremos nosso reajuste, queremos nosso abono/PPR, queremos nosso quinquênio e não queremos banco de horas, morô?! E pra isso, companheirada, não dá pra assistir o trem passar. Nós somos esse trem. Nós que temos de passar por cima dessa chantagem patronal.
Assembleia estadual sede do Sindicato dos Radialistas, em São Paulo Sábado, dia 10, às 10h da manhã |
Participe da assembleia! Chame seu colega de trabalho. São seus direitos, seu salário, seu emprego.