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Vivemos um momento no mundo em que se escancaram as formas de aumentar a exploração contra o conjunto da classe trabalhadora e a opressão contra as mulheres trabalhadoras.
No centro do sistema capitalista, nos EUA, o presidente Donald Trump, ataca as mulheres como se fossem mercadorias de consumo e tenta eliminar direitos conquistados através de muita luta como a descriminalização e a legalização do aborto. Esse é o mesmo presidente que quer erguer muros para impedir a entrada nos EUA de mulheres, crianças e homens que fogem da guerra e da fome.
Na Argentina, as ruas também foram ocupadas no final de 2016 com grandes passeatas denunciando os assassinatos contra as mulheres. Um movimento que ganhou repercussão mundial, que tinha como lema Ni una a menos!
O governo Temer/PMDB, acelera os ataques aos nossos direitos e as mulheres trabalhadoras serão as mais atacadas. Se a proposta do governo passar, os direitos garantidos na legislação trabalhista e nas Convenções Coletivas vão acabar.
Pois é isso que significa a proposta do negociado, estar acima do legislado, ou seja, direitos não serão ampliados, mas sim eliminados. O que os patrões querem com essa proposta que o governo tenta aprovar a todo custo, é acabar com os direitos que temos hoje e que foram garantidos através de muita luta.
Veja alguns exemplos de direitos que irão para o ralo pela proposta dos patrões e dos governos:
– A idade de homens e mulheres para aposentadoria será igualada: o governo tenta esconder que a dupla jornada imposta às mulheres continua a ser a realidade da maioria das trabalhadoras. Continuamos a receber salários menores e o serviço doméstico continua sendo uma imposição às mulheres. Portanto se aposentar mais cedo não é um privilégio, é um direito garantido na luta que o governo quer acabar jogando para debaixo do tapete, a realidade das trabalhadoras.
– A contratação temporária poderá ser de 1 ano, o que significa receber menos e não ter nenhum direito garantido: por exemplo, se a trabalhadora engravidar e estiver em contrato temporário, não terá direito à estabilidade de gestante, se uma trabalhadora/o sofrer acidente e for afastada/o, quando retornar poderá ser demitida/o. Não terá direito a 13ͦ, férias, NADA.
Para enfrentar todos esses ataques é preciso lutar. Uma luta que não é só das mulheres trabalhadoras, mas sim do conjunto de nossa classe,
Fazemos parte de uma mesma classe, somos homens e mulheres trabalhadores, que sofrem com o arrocho salarial e o desrespeito aos direitos.
E dentro de nossa classe, as mulheres além da exploração, sofrem com todas as formas de opressão que se mostram na violência escancarada, nas marcas dos corpos, nos assassinatos, mas também na violência dos xingamentos e da humilhação.
Para enfrentar isso, é preciso seguir lutando.
Fonte: INTERSINDICAL