Vigilante que matou sindicalista continua foragido

Hernani fugiu depois de atingir faltamente o sindicalista em
frente ao portão da Sony Brasil, no Distrito Industrial de Manaus. Segundo
testemunhas, o vigilante atirou depois de discutir brevemente com José Augusto
e de ter advertido o diretor sindical a não panfletar em frente à empresa.
Segundo a diretora-executiva da Confederação Nacional dos
Metalúrgicos de Manaus, Emília Valente, após o assassinato houve tumulto na
porta da fábrica.
“A empresa fechou as portas para que ninguém pudesse ver nem
ouvir o que estava acontecendo lá fora. Então a gente invadiu a fábrica,
pedindo para que liberassem os trabalhadores, se não iríamos entrar na
produção. Foi então que eles levantaram a porta de ferro, os trabalhadores
puderam sair e a gente pôde falar com eles sobre o que estava acontecendo.
Fizemos assembleia, determinamos que iríamos parar por um dia e todos os
trabalhadores acataram”.
Cerca de 40 linhas montagem da Sony foram paralisadas em
solidariedade ao sindicalista assassinado. Para Emília, a morte de José Augusto
é uma afronta ao direito de organização sindical no local de trabalho.
“A gente não estava lá no dia para distribuir um boletim
específico da categoria, mas específico para a categoria. Nós fomos orientar
esses trabalhadores de que nós queremos que tenha pessoas nos representando no
Parlamento, comprometidos com a classe trabalhadora. As empresas não gostam que
nós, dirigentes, vamos orientar os trabalhadores na porta da fábrica em relação
aos seus direitos”.
De São Paulo, da Radioagência NP, Aline Scarso.

Leave a comment

0/100

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.