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A Fundação Padre Anchieta de São Paulo, gestora da TV Cultura, anunciou nesta segunda-feira (dia 7) a demissão de 150 funcionários. São jornalistas e técnicos da rádio e televisão, que foram incluídos no “pacote” de desmonte da única emissora pública vinculada ao governo de São Paulo.
Entre os demitidos não figuram os trabalhadores da TV Assembleia, que já assinaram aviso prévio na semana passada, mas que serão absorvidos pela Fundação para o Desenvolvimento das Artes e Comunicações (Fundac). Dez do total de afastados são jornalistas, que fazem parte das redações da TV e Rádio e da Assessoria de Imprensa da emissora.
Segundo o departamento de Recursos Humanos da emissora, os trabalhadores demitidos receberão todos os direitos trabalhistas e lhes será garantido ainda 3 meses de assistência médica e vales-refeição.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), que no ano passado esteve reunido com o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, diz que o Sindicato se empenhará para estancar as demissões, além de estar atento para que todos os direitos tra balhistas sejam garantidos. “Para isso, formatamos uma campanha junto com outras entidades, a “Salve a Rádio e TV Cultura” com o intuito de denunciar o desmonte da única emissora pública do povo de São Paulo. A campanha tente a ser retomada com força”, diz.
O projeto da atual gestão da Fundação Padre Anchieta, ligada diretamente ao governo de São Paulo, é reduzir o quadro de funcionários e efetuar corte de verbas em algumas de suas produções. Com isso, pretendem economizar cerca de R$ 9 milhões em relação a 2010 às custas dos empregos. O orçamento de 2011 é menor do que o de 2010 – R$ 221,05 milhões, contra 230 milhões de do ano passado.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas/SP