TV Cultura demite 150 funcionários como parte de processo de reestruturação

A emissora justifica a demissão em massa como parte do processo de “reestruturação” anunciado quando João Sayad assumiu a presidência da Fundação. 
 
“A redução de quadro se deve a um projeto de reestruturação da emissora, adequando a grade de programação à capacidade instalada, redução de custos e investimentos em novos programas”, explicou a Cultura em comunicado à imprensa.
 
Sobre a escolha de quais funcionários deveriam perder seus empregos, a emissora afirmou que “a decisão foi baseada nas propostas feitas pelos gestores de cada uma das áreas envolvidas” e que cada funcionário foi avisado individualmente. 
 
“A Fundação Padre Anchieta pagará integralmente todos os direitos rescisórios, valorizando e respeitando a dedicação e trabalho realizado na empresa por esses colaboradores”, acrescentou a Fundação. 
 
Otimização
 
Quando Sayad assumiu a Fundação, após a saída de Paulo Markun, declarou que o quadro de funcionários da TV estava “inchado” e que seu sua gestão intencionava demitir cerca de 1,4 mil empregados. Segundo Sayad, além de outras medidas para otimizar a emissora, as demissões fariam parte de um plano de reestruturação que buscava “racionalizar a televisão”.
 
Outro lado:
 

A Fundação Padre Anchieta de São Paulo, gestora da TV Cultura, anunciou nesta segunda-feira (dia 7) a demissão de 150 funcionários. São jornalistas e técnicos da rádio e televisão, que foram incluídos no “pacote” de desmonte da única emissora pública vinculada ao governo de São Paulo.

Entre os demitidos não figuram os trabalhadores da TV Assembleia, que já assinaram aviso prévio na semana passada, mas que serão absorvidos pela Fundação para o Desenvolvimento das Artes e Comunicações (Fundac). Dez do total de afastados são jornalistas, que fazem parte das redações da TV e Rádio e da Assessoria de Imprensa da emissora.


Segundo o departamento de Recursos Humanos da emissora, os trabalhadores demitidos receberão todos os direitos trabalhistas e lhes será garantido ainda 3 meses de assistência médica e vales-refeição.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), que no ano passado esteve reunido com o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, diz que o Sindicato se empenhará para estancar as demissões, além de estar atento para que todos os direitos tra balhistas sejam garantidos. “Para isso, formatamos uma campanha junto com outras entidades, a “Salve a Rádio e TV Cultura” com o intuito de denunciar o desmonte da única emissora pública do povo de São Paulo. A campanha tente a ser retomada com força”, diz.


O projeto da atual gestão da Fundação Padre Anchieta, ligada diretamente ao governo de São Paulo, é reduzir o quadro de funcionários e efetuar corte de verbas em algumas de suas produções. Com isso, pretendem economizar cerca de R$ 9 milhões em relação a 2010 às custas dos empregos. O orçamento de 2011 é menor do que o de 2010 – R$ 221,05 milhões, contra 230 milhões de do ano passado.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas/SP

 
 
Nota redação Sindicato dos Radialistas:
 
Receita antiga  e ultrapassada, pra solucionar problemas, que tem mais haver com gestão incompetente e com concepção equivocada de TV Pública, do que inchaço de funcionários, como alega a direção da emissora. O Sindicato dos Radialistas de SP acompanha atentamente a postura da emissora, além de dar total apoio aos demitidos. 

 

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