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O acordo salarial dos trabalhadores na construção civil de São Paulo foi fechado com 8,99% de reajuste, acima da inflação acumulada em 12 meses, até abril, véspera da data-base (1º de maio): o INPC soma 7,16% e o IPCA, 6,49%. A convenção, que se estende a 11 municípios, foi assinada no último dia 10 pelos presidentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo, deputado estadual Antonio de Sousa Ramalho (PSDB), e do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (SindusCon), Sergio Watanabe. Nesta semana, os sindicatos de Osasco e Carapicuíba, na Grande São Paulo, também assinaram convenções.
O piso para os chamados trabalhadores não qualificados (como servente, contínuo, vigia) foi fixado em R$ 1.067, ou R$ 4,85 por hora. Para qualificados (pedreiro, armador, carpinteiro, pintor, gesseiro e outros), o valor foi para R$ 1.298 (R$ 5,90 por hora). Para os demais qualificados, o piso passou a R$ 1.555,40 (R$ 7,07). O tíquete-refeição foi de R$ 15 para R$ 18 e o vale-supermercado, de R$ 150 para 200.
Segundo a convenção, empresas terceirizadas devem fornecer a seus funcionários refeições no mesmo padrão e qualidade das fornecidas pela contratante.
De acordo com o SindusCon, o setor estava com 3,45 milhões de empregados com carteira assinada no final de março em todo o país. Destes, 890 mil ficavam no estado de São Paulo.