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O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde de São Paulo (SindSaúde) convocou a categoria para ato na próxima sexta-feira (20), em frente à Secretaria Estadual da Saúde, na região central da capital. O motivo: falta de diálogo do governo após o fim da greve de 26 dias, em 9 de maio. “Apresentamos uma agenda e o governo não cumpriu. Queremos forçar a abertura de negociações com o secretário da Saúde (Giovanni Guido Cerri)”, disse o presidente da entidade, Benedito Augusto.
Uma das principais reivindicações tem finalidade de equiparar as condições dos administrativos às dos técnicos: jornada de 30 horas semanais e prêmio de incentivo, paga mensalmente por produtividade e excelência. Os administrativos não receberam os 7% de aumento aplicados aos salários dos técnicos neste ano. “Não temos instrumento legal para cobrar, e o governo não tem palavra”, afirmou Augusto.
Segundo o dirigente, são mais de 40 itens na pauta de reivindicações. Entre eles, a regulamentação de carreiras, a evasão de profissionais e os concursos públicos. Augusto ressaltou a necessidade de se estabelecer uma agenda de negociações salariais. O único ponto atendido pelo governo nas primeiras negociações foi o aumento do vale-refeição, de R$ 4 para R$ 8. Nenhuma outra reunião foi realizada depois disso e, com a proximidade das eleições, os servidores temem não ser mais ouvidos.
A Secretaria da Saúde, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que se reuniu com os servidores em 28 de junho para negociar o prêmio de incentivo, o que é questionado pelo sindicato, que afirma que a reunião foi desmarcada de última hora, no próprio local da negociação. A assessoria afirma ainda que as negociações são feitas com a Secretaria de Gestão Pública, o que também é negado pelo SindSaúde, que afirma negociar com ambas as pastas. Por fim, a secretaria diz que houve uma reestruturação de cargos e salários em 2011 e que um projeto de lei que estabeleça carga de 30 horas semanais para funcionários administrativos está em estudo.