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As comunicadoras da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) iniciaram campanha para reforçar a necessidade de valorização da força de trabalho feminina na organização, tanto na programação dos veículos, como na gestão da empresa. A ação promovida pelas trabalhadoras foi batizada de “EBC, menos desculpas, mais mulheres”.
O projeto aproveita a adesão da entidade ao movimento #ElesporElas, da ONU, para estimular a participação feminina, em geral, nas rádios EBC, na TV Brasil e na NBR, além de aumentar o número de funcionárias na gestão. A ação é realizada com apoio dos Sindicatos dos Jornalistas do Rio de Janeiro, do Distrito Federal e de São Paulo, dos Radialistas do Rio de Janeiro e de São Paulo e da Comissão de Empregados da EBC.
“Apesar de avanços na promoção da equidade, mulheres continuam sub-representadas na estrutura e na programação da EBC. Não apenas nas bancadas, como entrevistadoras e comentaristas, mas entre convidadas e até na seleção musical das rádios”, afirmam as promotoras da campanha na fan page do movimento.
A pauta da campanha informa que, em pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB) para a ouvidoria, foi comprovado que os artistas mais tocados nas rádios FM são homens, brancos, acima de 70 anos. Na diretoria, são duas diretoras mulheres, entre oito executivos.
“Durante as transmissões do futebol feminino na TV Brasil também ficou clara a falta de equilíbrio entre homens e mulheres. Na ocasião, telespectadoras lembraram que a TV pública não pode reproduzir formatos de programas dominados por narradores e comentaristas homens, tanto da casa, quanto convidados. Apreciamos a iniciativa de transmitir esportes femininos, mas queremos mulheres também com espaço e destaque nos programas de esporte”, afirma a pauta.
Em seguida, as organizadoras do movimento afirmam que a Empresa Brasil de Comunicação justificou a falta de apresentadoras e comentaristas ao Conselho Curador, informando que faltam funcionárias qualificadas. A resposta da organização foi considerada um “grave equívoco” por parte das profissionais.
“Somos muitas profissionais talentosas, premiadas, com destaque fora da EBC, em condições de assumir esses espaços. O que falta são reconhecimento e oportunidades na empresa. Nós entendemos que a EBC não pode abrir mão de promover a diversidade e a pluralidade, que são princípios da comunicação pública de fato” finalizam as organizadoras da campanha.
Fonte: Portal Comunique-se