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Por Pedro Carrano e Jorge Américo
Desde o dia 19 de julho, cerca de 450 funcionários, na sua maioria mulheres, pedem 10% de reajuste salarial, sendo 4% acima da inflação. Na pauta elas também pedem aumento na cesta básica e definição de um piso estadual de acordo com o ramo das indústrias alimentícias.
Outro problema, segundo as trabalhadoras, é a pressão por produtividade. Há três anos, o grupo empresarial paranaense vendeu o patrimônio para a Coca-Cola Company. No relato das trabalhadoras, a exploração foi intensificada desde então, e o projeto da empresa também se alterou.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Mate, Luiz Carlos da Silva Dias, comenta que “em torno da família Leão havia outra expectativa e, infelizmente, hoje a produção é controlada por sistema web, e o ritmo de produção é mais forte”.
Os trabalhadores que decidiram continuar na produção – menos de 15% do quadro de funcionários – foram submetidos a jornadas de trabalho de até 16 horas. Para os dirigentes sindicais, a disposição à greve se deve aos salários baixos em meio à produtividade alcançada pelo quadro de funcionários, sobretudo o quadro mais antigo, que está na empresa há mais de trinta anos.