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Narciso Soares, diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, considera o reajuste “abusivo”. Para ele, a tarifa que é cobrada atualmente impede que parte da população utilize o transporte público.
“Parte da população de São Paulo, hoje, vai trabalhar a pé, privados do transporte público, devido à tarifa. A partir do momento em que o governo privatizou a primeira linha (Linha 4), o metro substituiu o aumento anual de tarifa. Ele funciona sem nenhum subsídio, praticamente sustentado pela tarifa.”
No início de janeiro, a tarifa do ônibus foi reajustada em dezenas de cidades brasileiras. Em São Paulo, passou a custar R$ 3. Pressionada por milhares de manifestantes, a Câmara de Vereadores da capital convocou uma Audiência Pública sobre o tema para o dia 12 de fevereiro. Lucas Monteiro, integrante do Movimento Passe Livre, acredita que as mobilizações contra o reajuste tendem a crescer nos próximos dias.
“Todo reajuste significa aumento da exclusão. Então, eu acho que é possível criar uma mobilização forte contra o aumento do metrô também. Não sei se a gente consegue impedir antes de ele vir, mas é possível reverter.”
O metrô de São Paulo transporta aproximadamente 3,4 milhões passageiros diariamente. A Secretaria de Transportes negou que o aumento ajudará a custear a compra e a construção de novos trens e estações.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.