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No início de agosto foi realizada mais uma reunião de com a diretoria da EBC para avaliação do cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2013 a 2015.
Os representadores dos trabalhadores solicitaram esclarecimento sobre o pagamento de horas-extras, conforme informações dadas pela gerência da Agência Brasil de que havia um pedido para não se pagar todas as horas-extras . Os representantes da diretoria financeira reafirmaram que todas as horas-extras que chegam ao setor de recursos humanos estão sendo pagas e que, conforme consta no ACT, é opção do empregado receber em espécie ou em folga e não do gestor.
As entidades dos trabalhadores cobraram que o setor publique informe deixando claras as normas para as chefias. A empresa informou ainda que a orientação é que as áreas diminuam as horas-extras e não que garantam o pagamento em folgas. O Sindicato cobrou a punição de gestores que estão impondo as folgas e o não pagamento.
Sobre a não realização da intrajornada, o RH também ressaltou que a empresa indenizará o intervalo não cumprido, devendo ser especificado na folha de ponto – não sendo preciso preencher o formulário de hora-extra. O RH reafirmou o entendimento do Sindicato que a não realização da intrajornada não pode ser compensada em folgas e que deverá ser remunerada. As entidades reforçaram a necessidade de informar publicamente o procedimento.
A EBC ainda deixou claro que todos os feriados, inclusive para quem trabalha em “regime de escala” deve ser pago em dobro. Reclamações devem ser apresentadas ao RH e encaminhadas aos Sindicatos para acompanhamento.
Assédio Moral
Outro pleito reivindicado pelo sindicato foi a realização urgente da campanha contra o assédio moral previsto no Acordo Coletivo. A empresa disse que tem feito cursos com os gestores e abordado o tema. As entidades reafirmaram que esta ação está sendo insuficiente e exigiram o cumprimento do acordo com o lançamento de uma campanha urgentemente. A EBC afirmou que já conseguiu junto ao Ministério do Trabalho cartilhas contra o assédio moral e irá avaliar a criação de uma campanha.
Equipamentos de segurança
A empresa informou que foram licitados vários itens de equipamentos de segurança, inclusive para cobertura jornalística. Coletes balísticos e capacetes serão entregues para os jornalistas, de imagem e de texto, após treinamento oferecido pela EBC. O Sindicato cobrou que o treinamento seja oferecido para todos os repórteres, já que não é possível prever quem poderá enfrentar situações de risco.
Outros pleitos
Melhores condições no trabalho
A empresa ainda informou que está negociando a renovação do contrato de aluguel com o Venâncio e que garantirá até o final do ano um elevador exclusivo para repórteres cinematográficos e iluminadores subirem com os equipamentos para a redação. Um bicicletário exclusivo será construído no Venâncio para a EBC neste novo contrato. As grades para os carros da reportagem também serão resolvidas até setembro e a empresa ainda irá viabilizar acesso aos estacionamentos do Venâncio para os trabalhadores da madrugada.
A EBC reafirmou que pontos como a ginástica laboral e o vestuário, como coletes e ternos, ainda entrarão em licitação. Tentou-se até um acordo com o Sesc para implementar a ginástica laborar, mas a EBC não quis arcar com os custos propostos pelo órgão.
Desvio e acúmulo de função
Sobre o desvio e acúmulo de função, o RH afirmou que toda denúncia apresentada pelos empregados é apurada pelo setor. Os sindicatos se propuseram a acompanhar as denúncias, mas a empresa disse que estudaria a proposta.
Adicional Noturno e CIPA
A empresa ficou de responder a demanda do Sindicato pelo pagamento correto do adicional noturno pela EBC, que está sendo feito desprezando a jornada inferior do período. As entidades cobraram que a CIPA-DF fosse empossada imediatamente e a EBC informou que aguarda retorno das diretorias com a indicação dos representantes patronais na comissão para nomeá-la. A Diretoria de Administração e Finanças (Diafi) fará outra cobrança para ter celeridade no processo.
Transporte e segurança
O transporte noturno no Rio foi implementado e está sendo avaliado pelos empregados da praça. Em São Paulo foi cobrado que a empresa busque os trabalhadores que entram após 22 horas em casa, como ocorre nas outras praças, a EBC disse que mudará o procedimento e garantirá o direito aos empregados paulistas. No Maranhão, um plano de ação foi publicado para a praça, os trabalhadores farão uma avaliação do que foi proposto pela empresa.
Com informações de Sindicato dos jornalistas do DF