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A história do 8 de março – DIa da Mulher Trabalhadora
O 8 de março está mundialmente vinculado às reivindicações femininas por melhores condições de trabalho, por uma vida mais digna e por uma sociedade e uma organização econômica mais justas e igualitárias.
É a partir da Revolução francesa, em 1789, que as mulheres passam a atuar na sociedade de forma mais significativa e conjunta, reivindicando a participação política e a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Em 1819, depois de um enfrentamento em que a polícia atirou com canhões contra os trabalhadores, a Inglaterra aprovou a lei que reduzia para 12 horas o trabalho das mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos. Foi também a Inglaterra o primeiro país a reconhecer, legalmente, o direito de organização dos trabalhadores. O parlamento inglês aprovou, em 1824, o direito de livre associação e os sindicatos se organizaram em todo o país.
Foi no bojo das manifestações pela redução da jornada de trabalho que 129 tecelãs da Fábrica de Tecidos Cotton, em Nova Iorque, cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos pelo direito a uma jornada de 10 horas, na primeira greve norte-americana conduzida unicamente por mulheres. Violentamente reprimidas pela polícia, as operárias, acuadas, refugiaram-se nas dependências da fábrica. No dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas da fábrica e atearam fogo. Asfixiadas, dentro de um local em chamas, as tecelãs morreram carbonizadas.
Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos e socialista, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa.
A partir daí, essa data começou a ser comemorada no mundo inteiro.
A luta da mulher trabalhadora é antiga e contou com a força de inúmeras companheiras que nos vários momentos da história da humanidade resistiram ao machismo e à discriminação. E hoje em dia, essa luta continua sendo diária, principalmente nos espaços de atuação política, como é o Sindicato. É por isso que cada vez mais deve-se valorizar e estimular a participação das mulheres nestes espaços. A realidade dos Radialistas no estado de São Paulo é ter apenas 2 companheiras dirigentes, Iris Santos e Rose Matos, de um corpo diretivo de 34 pessoas. A atuação da mulher no dia a dia do Sindicato possui vários obstáculos e desafios para as mulheres, por isso é que saudamos essas bravas companheiras que se colocaram nessa árdua tarefa de construírem as conquistas das mulheres radialistas cotidianamente!